“Foi o Concílio Vaticano II (1962-1965) quem, de maneira inspirada e mais profética que sistemática, enfatizou que, a Igreja, para ser autenticamente evangélica e continuar a missão de Cristo, precisa estar inteiramente voltada para o serviço, havendo de ser toda ministerial, considerando a distribuição desses serviços (ou ministérios) como tese fundamental e condição essencial da sua fidelidade ao Evangelho.

Tanto nos documentos papais como naqueles das conferências episcopais e escritos após o Concílio, pode-se afirmar que foi com certa ‘prudente morosidade’ que o assunto foi sendo tratado, e assim mesmo, a princípio, considerando acentuadamente mais os ministérios tidos como hierárquicos (conferidos pelo sacramento da Ordem) do que os ministérios em sua concepção de destinados a todos, na Igreja.”

“Aos poucos, porém, a reflexão foi despertando interesse entre os teólogos e estudiosos do mundo todo, ganhando corpo e espaço nos escritos da produção literária e religiosa em geral.

No âmbito da Renovação Carismática Católica, o processo não tem sido outro, com detalhe de que o enfoque dado à reflexão sobre o assunto parece ater-se mais (ainda que de maneira não exclusiva e tampouco – com exceções muito aprofundada) às implicações do uso do termo em relação aos ‘serviços específicos’ da própria Renovação (entendendo-se aqui, por específico, a maneira como a RCC organiza, nela, os ministérios).”

“Na Igreja existe, desde suas mais remotas origens, uma importante variedade de serviços, funções e tarefas que recebem o nome genérico de ministérios (do latim ministerium, serviço). Estes ministérios estão na base da estruturação da Igreja e são, sem dúvida alguma, um dado fundamental para essa estruturação. Neste sentido, já a primeira carta aos Tessalonicenses recorda “aqueles que trabalham entre vós, que vos dirigem no Senhor e vos admoestam” (1Ts 5,12). Além disso, em diversas cartas, Paulo, enumera os dons, as atividades e as diversas funções na Igreja (Rm 12, 6-8; 1Cor 12,4 –11; 28-31; 14,11-12). Dentre estas diversas atividades ou cargos, Paulo destaca três ministérios ou serviços: os apóstolos, os profetas e os doutores(ou mestres) ( 1Cor 12, 28; cf. Ef 4, 11)”.

Ministério significa servir, prestar auxílio, prestar serviço, é um termo oficial, reconhecido e consagrado. Ministério é, pois, aquela organização e missão ministerial, oficializada pela hierarquia da Igreja, quer baseada na autoridade da revelação divina ou simplesmente na autoridade eclesial.

MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO

“O ministério de formação, de doutores ou mestres tem por finalidade, despertar nas pessoas a consciência da necessidade de uma formação séria, consciente e que, realmente, leve à maturidade os membros do movimento carismático, convertendo toda a personalidade do indivíduo ao Evangelho. Através do Batismo no Espírito Santo, elemento constitutivo da formação, que renova no interior do homem ou da mulher, o gosto pelas coisas de Deus, vontade de ler e meditar a Escritura, a compreensão do ministério da Igreja, um novo significado para a oração e uma singular disposição para a mudança e para o aprendizado, sem o qual não haveria formação. O Espírito Santo predispõe o homem à formação e a constrói gradativamente. Toda formação, portanto, só será autêntica se assaz permeada pelo poder do Espírito Santo, em sua ação discreta ou ostensiva.” .

O Ministério de Formação é uma sistemática padronizada, apreciação do ensino, aprendizagem, um serviço contínuo de capacitação, renovação e atualização de servos/líderes para que atuem na RCC e na Igreja exercendo sua vocação com espiritualidade, qualidade e competência.

A Formação na RCC é a aquisição de novos conhecimentos de nossa religião – fortalece a fé, torna a pessoa perseverante na oração e no compromisso do seguimento de Jesus para vencer as dificuldades e discernir o que é verdadeiro ou não, frente a falsos modelos da cultura contemporânea.

Você já viu alguém receber um diploma universitário sem primeiro ter cursado o primário? O MÓDULO BÁSICO é a base do sistema (como se fosse o primeiro grau escolar), onde se aprende o que é a RCC, como surgiu, qual sua estrutura e funcionamento, sua Identidade, Carismas, Grupo de Oração, Oração, Santidade, Liderança, Igreja, Doutrina Social da Igreja, por isso deve ser cursado por todos.

ESCOLA PERMANENTE DE FORMAÇÃO

A Escola Permanente de Formação não é um local e sim um ambiente onde se vive como corpo de Cristo (cf. Ef 4,10-13), não é como a escola civil onde se têm provas e se é declarado reprovado ou aprovado ao final do ano, ela é uma escola carismática, onde a graça tem que acontecer. A semente da formação que foi lançada nos corações precisa criar raízes, crescer e produzir frutos na vida nova. Para isso devemos pedir a graça de Deus que renova e transforma todas as coisas, para que possamos passar da teoria à prática. Nesses encontros deve haver oração, o Batismo no Espírito Santo, cura e libertação de acordo com a moção do Espírito.

A Escola Permanente de Formação (EPF) deve começar em nível Diocesano (com os multiplicadores – aqueles que já cursaram o Módulo Básico e, sentem-se chamados ao ministério da formação) e se estender às Escolas Regionais e até mesmo Paroquiais de acordo com as necessidades locais. A EPF é de responsabilidade do Núcleo Diocesano de Formação, este deve promover encontros que se destinem a Formação de Formadores (multiplicadores) que possibilitará um efeito multiplicador. O objetivo é que a Formação chegue o mais próximo possível no Grupo de Oração; o ideal seria que cada Grupo de Oração tivesse uma Escola de Formação.

Chama-se ESCOLA PERMANENTE pelo fato de ser uma formação contínua, isto é, turmas vão chegando, turmas vão passando semelhantes às escolas civis tradicionais. O mundo em que vivemos exige de nós o testemunho de uma autêntica vida cristã carismática onde o aprendizado torna-se uma necessidade perene.

A ESCOLA PERMANENTE DE FORMAÇÃO será composta pelo Núcleo Diocesano de Formação que deve receber, inicialmente, a formação de um Núcleo Nacional ou Estadual. Este Núcleo vai formando multiplicadores que organizarão e repassarão os ensinos em Escolas locais formadas de acordo com as necessidades em Grupos de Oração, em Capelas, em Paróquias, em empresas, etc.

A ESCOLA PAULO APÓSTOLO surgiu com a Ofensiva Nacional para suprir a falta de uma formação organizada na RCC, sendo ministrada pela então Secretaria Paulo Apóstolo. Após a mudança do nome Secretaria para Ministério a Escola Paulo Apóstolo passou a chamar-se simplesmente ESCOLA DE FORMAÇÃO que hoje está sob a responsabilidade do MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO.

IMPLANTAÇÃO DA ESCOLA PERMANENTE DE FORMAÇÃO:

1. Compor o Núcleo Diocesano de Formação que coordenará toda a Formação Básica;

2. Os componentes desse Núcleo deverão ser discernidos pelo Conselho Diocesano da RCC;

3. Preparar a equipe de Formadores (multiplicadores);

4. Formar formadores através da aplicação do Módulo Formação de formadores montado pelo Ministério Nacional de Formação;

5. Fazer o levantamento das regiões (paróquias, capelas, etc) onde se iniciarão as Escolas (quantas serão necessárias);

6. Fazer o levantamento dos servos daquele setor para ver que formação tiveram e assim estabelecer que formação deverão receber para assim organizar as turmas;

7. Fazer o levantamento das pessoas que freqüentam a Reunião de Oração, que desejam formação. O requisito básico é que a pessoa tenha feito pelo menos um retiro de experiência de oração na RCC (retiro de primeiro anúncio);

8. Pessoas de outro movimento podem freqüentar a Escola de Formação que sempre deve ser aplicada de acordo com a Identidade da RCC;

9. Organizar uma boa equipe de serviço para cada turma (pode ter elementos que são também alunos) que acompanhará sempre os alunos em suas necessidades, acolhida, presença, trabalho em equipes, pastoreio, avaliação, etc.

10. Organizadas as turmas, combinar, de acordo com as possibilidades, o local, a noite ou o dia da semana (ou os finais de semana), horário, etc., a fim de fazer o calendário anual da Escola (cada aluno deve ter bem claro isto para se organizar);

11. Fazer a reunião de apresentação dos formadores da turma (dois ou três para criar vínculo e comprometimento com os alunos), explicar e motivar bem, levá-los a entender a formação, não como uma obrigação mas como uma necessidade para o crescimento pessoal; qual a duração do curso, a necessidade de freqüência, etc, e;

12. O Núcleo de Formação Diocesano deve acompanhar de perto o andamento de cada Escola, ele é o responsável por ela.

13. Poderão ser disponibilizados diversos horários de Formação na Escola permanente de Formação. Devemos criar oportunidades para que todos tenham acesso à Formação. Formações à tarde, pela manhã, em dias de semana;

14. É fundamental, o Planejamento anual das Formações.

Quanto mais o Conselho Diocesano e o Núcleo de Serviço de cada Grupo de Oração estiverem motivados, envolvidos e conscientes da necessidade da Formação, melhor será o andamento da mesma.

OBJETIVOS DO MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO

1. Ministrar o Módulo Básico (“Formação Paulo Apóstolo”), Módulo de Formação Humana e Módulo de Formação Bíblica para todos os participantes da RCC que já tenham tido uma experiência de Primeiro Anúncio com Deus ( Seminário de Vida no Espírito e/ ou Experiência de Oração);

2. Fomentar uma Formação sólida levando a liderança a perseverar na oração, na busca da santidade, no serviço e na vida comunitária;

3. Criar oportunidades de crescimento na graça e de conhecimento, aliadas à qualidade do ensino e ao aprendizado;

4. Oferecer meios de aprofundamento da Doutrina Cristã capacitando os participantes da RCC a responderem aos diversos desafios do mundo e da sociedade na atualidade;

5. Preparar a liderança da RCC para exercer Ministérios Específicos nos Grupos de Oração da RCC.

6. Resgatar, reacender, aprofundar e guardar a Identidade e o Carisma da Renovação Carismática Católica.

CONTEÚDO DO MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO

O conteúdo da formação está distribuído em cinco módulos, composto por apostilas diversas:

Módulo Básico

? Identidade da RCC
? Carismas
? Grupos de Oração
? Oração, Caminho de Santidade.
? Santidade
? Liderança em Serviço na RCC
? Igreja
? Ensino Social da Igreja

Módulo de Formação Humana

? Relacionamento com Deus
? Relacionamento com o outro
? Relacionamento consigo mesmo

Módulo de Formação Bíblica

? Apostilas em fase e elaboração.*

Módulo Reavivando a Chama**

? O Reavivamento do Louvor
? O Reavivamento do Grupo de Oração
? Os Ministérios no Grupo de Oração*
? Maria, simplesmente*
? Grupo de Perseverança*
? Discipulado*
? Liturgia*

Módulo Formação de formadores

1. Encontro I
2. Encontro II
3. Encontro III

* em elaboração

** Esse Módulo não é obrigatório, deverá ser ministrado quando necessário e discernido pelo Grupo de Oração. Poderá ser ministrado por pregadores e coordenadores que não fazem parte, oficialmente, do Ministério de Formação.

MATERIAL DIDÁTICO DO MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO

O Ministério Nacional de Formação oferece atualmente:

? Apostilas Módulo Básico,
? Apostilas do Módulo Formação Humana
? Apostila de Apoio Pedagógico,
? Apostilas do Módulo Formação Bíblica
? Apostilas do Módulo Formação de Formadores
? Caderno do Formador,
? Projeto Pedagógico
? Cartilha do Ministério de Formação
? Livros: Coleção Novo Milênio,
? Livros Coleção RCC Responde.
? Fitas k7, fitas VT, CD’s.
? Subsídios para Grupo de Perseverança
? Apostilas do Módulo Reavivando a chama

FUNCIONAMENTO DO MINISTÉRIO DE FORMAÇÃO

o Membros são discernidos pelo Conselho Diocesano da RCC:
? Que já tenham uma caminhada na RCC de mais de um ano
? Que já tiveram acesso ao Querigma
? Que dêem testemunho de vida
? Que vivam a espiritualidade carismática da RCC
? Que tenham vocação para a Formação/Ensino

o Reuniões semanais do Ministério de Formação a nível Diocesano, para:
? Oração
? Partilha
? Estudo do conteúdo dos Encontros
? Programações
? Preparação dos Ensinos
? Criação de recursos didáticos e de apoio pedagógico
? Formação própria

o Formação para os formadores – Módulo Formação de Formadores: Encontro I, II e III.

o Encontros bimestrais para formação própria do Ministério de Formação Paulo Apóstolo.

o Encontros anuais para Formação e alinhamento com as orientações Nacionais

o Relatórios semestrais para Coordenação do Ministério de Formação a nível Estadual e Nacional dos trabalhos (Encontros) realizados

o Estruturação da Escola Permanente de Formação a nível diocesano e/ou paroquial e/ ou em nível de grupo de oração

o Disponibilização de tempo para Estudo e oração diários para a formação pessoal.