Por Dom José Luis Azcona

O III Plano Nacional de Direitos Humanos ao falar da “autonomia” da mulher sobre seu próprio corpo e recomendar que o Congresso altere o Código Penal a fim de descriminalizar a prática do aborto, recomenda um crime qualificado contra a humanidade e contra o próprio Brasil.

Ele quer outorgar legitimidade jurídica a um crime infamante, estabelecer como um direito democraticamente exigível o mais abominável dos delitos e o financiamento do mesmo beneficiando os carrascos com dinheiro público.

Contra o povo brasileiro, povo apaixonado pela vida humana, tantas vezes comprovado em estatísticas da maior seriedade, a última deste mês em que não chega a um quarto de cidadãos brasileiros os que querem manchar de sangue de crianças o mapa do Brasil.

Em 2007, o Partido dos Trabalhadores aprovou em seu programa a luta pela implantação do aborto no Brasil. Isso não pode acontecer, pois é projeto revestido de fanatismo cruel contra o nascituro. Podemos dizer que é um dos projetos mais bárbaros de aborto que se conhecem no mundo, que defende de modo obsessivo, neurótico a morte legal de inocentes.

Se o Governo atual aprova tal Plano torna-se o inimigo número um da sociedade e o primeiro elemento desestabilizador da ordem social. Os que deveriam ser construtores e defensores da vida tornaram-se de modo incompreensível uma enorme ameaça contra o Brasil todo.

A Igreja defende e defenderá sempre que a vida humana é sagrada e inviolável desde o momento da concepção até o final da sua existência. Dessa sacralidade e inviolabilidade nasce o direito de todo ser humano a ser respeitado, protegido e promovido no desenvolvimento de sua existência em qualquer momento ou situação. Sempre em nome da razão e da dignidade nativa do homem e não só da fé, a Igreja o defenderá quando estiver em pauta qualquer vida humana.

Estamos comprometidos junto com todo o povo brasileiro com uma cultura da vida e não da morte. “Quem defende o aborto nega sua condição de católico”, proclamava bem alto o Papa João Paulo II (Ev.V 62). Enquanto cristãos é impossível ficarmos calados e concordar com a decisão de aprovar tal projeto que nega o direito à vida.

Defender e promover a vida, posicionar-se contra o aborto provocado é uma questão de humanidade. Não há nada que possa justificá-lo porque nada pode justificar o assassinato frio e calculado de uma vida humana inocente.

Podemos usar um dos dez mandamentos para dizer: “Dr. Vannucchi, Dr. Temporão, Presidente Lula e tantos órgãos responsáveis pela defesa da vida: “Não matarás !”

O evangelho da vida, o evangelho da dignidade humana e o evangelho do amor de Deus aos homens é um mesmo e único Evangelho. O homem não tem direito de destruí-lo.

Luta contra o aborto

A coleta das assinaturas, organizada pela RCCBRASIL, contra a descriminalização do aborto continua, faltando cerca de 170 mil para atingir o número de um milhão de assinaturas necessárias para enviar ao Congresso Nacional. Os eventos de Carnaval também podem se tornar uma possibilidade para a arrecadação de assinaturas. Faça o download do abaixo-assinado e seja um instrumento de Deus para que mais pessoas dêem seu nome na luta a favor da vida.

Após coletar as assinaturas, envie a lista para o Escritório Nacional no endereço: Rua Doutor Cassiano, 711, Centro – Pelotas (CEP 96015-700). Se você tiver dúvidas de como participar desta campanha pela vida, ligue para o Escritório Nacional da RCC.

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