No início da criação do mundo, Deus criou o homem e a mulher e lhes disse: crescei e multiplicai… (cf. Gen 1) Deus também disse que não era bom que o homem ficasse sozinho, então disse que o homem deixasse a sua casa para se unir a sua mulher e que seriam uma só carne por todos os dias das suas vidas. (cf. Gen 2).

Estamos inseridos em uma sociedade que, muitas vezes, devido ao capitalismo selvagem, tenta incutir em nossa cultura o pensamento duvidoso de que o dom da vida (chegada de um filho) não representa uma dádiva e benção de Deus.

Constantemente nos pegamos em diversos conflitos interiores que, de certa forma, vão deformando e mortificando, em nós, “a abertura ao dom da vida”, nos tornando insensíveis à participação na procriação consciente da espécie humana.

Qual pai ou mãe nunca passou uma noite acordados, consolando ou cuidando deste “Ser” chamado filho?

Muitas vezes tratamos os filhos como moeda mercantil que representam “despesas”, “preocupações”, “investimentos” e nos esquecemos das verdadeiras alegrias que só um, dois, três, quatro, filhos podem proporcionar no seio de uma família.

Ao longo da história da humanidade fomos sendo lapidados e muitos de nós pensamos, pensamos e até chegamos a concordar que já não é possível uma família numerosa; tantas são as justificativas e nos esquecemos do “crescei e multiplicai-vos”, pautados em uma falsa percepção de que “devemos aproveitar a vida, viajar, descansar”.

Lembro-me que, após o nosso quinto ano de vida matrimonial, veio o nosso primeiro filho Pedro Henrique; quatro anos depois, a nossa segunda filha, Ana Júlia, e, nos quatro anos seguintes, o nosso terceiro filho Miguel Luís. Para muitos, parece ser loucura ter uma família tão numerosa; mas, vivemos muito bem em nossa família, todos são fundamentais e há uma complementariedade entre nós, que percebemos ser de Deus. Podemos gritar com voz límpida: “os filhos são verdadeiramente uma benção, dádivas de Deus”!

São João Paulo II, em sua Exortação Apostólica Familiaris Consortio assevera: A família é uma benção para a sociedade, nela encontramos a oportunidade de vivermos profundamente a plenitude do amor e sermos amados. Na família encontramos a possibilidade verdadeira de construirmos ou transformarmos uma sociedade no que de fato ela deve ser: fraterna, igualitária, na prática e vivência de valores cristãos.

 

Valdo e Sandra Landim

Coordenadores Distritais do Ministério para as Famílias – Distrito Federal

Membros do Núcleo Nacional do MPF

Grupo de Oração Maná – Guará II