Na catequese desta semana sobre “Vícios e Virtudes”, Papa Francisco abordou o tema da ira, descrevendo-a como um “pecado terrível” que está na origem de conflitos e violência. O Pontífice alertou para os efeitos destrutivos da ira nas relações humanas, enfatizando que esse vício obscurece a capacidade de aceitar a diversidade e pode levar a comportamentos prejudiciais.
De acordo com o Papa, a ira é um dos vícios mais simples de identificar fisicamente, manifestando-se através de movimentos corporais, agressão, respiração difícil e olhar sombrio. Ele ressaltou que a ira não se limita a reações a comportamentos errados, mas pode se transformar em ressentimento generalizado em relação à pessoa.
Francisco destacou a influência negativa da ira nas relações familiares, mencionando homens que conseguem reprimir esse sentimento no trabalho, mas que, ao chegar em casa, tornam-se insuportáveis para a esposa e os filhos. A ira, segundo o Papa, é capaz de perturbar o sono e alimentar pensamentos negativos sem encontrar uma barreira aos raciocínios.
Ao falar sobre a relação entre a ira e as guerras, “é um pecado terrível que está na origem das guerras e da violência. Porém, nem tudo que surge da ira está errado. Os antigos sabiam muito bem que existe uma parte irascível dentro de nós que não pode e não deve ser negada”, explicou.
Francisco enfatizou a importância do perdão nas relações humanas e destacou que a ira pode ser neutralizada pela benevolência, generosidade, mansidão e paciência. Ele ressaltou que é necessário aprender a perdoar e praticar a arte do perdão para manter o equilíbrio nas relações.
Ao abordar a distinção entre uma “santa indignação” e a ira prejudicial, o Papa explicou que, com a ajuda do Espírito Santo, é possível encontrar a medida certa das paixões e educá-las para se tornarem positivas. Ele concluiu incentivando a busca pela harmonia emocional, promovendo o zelo pela justiça em vez da ira descontrolada.