A aproximação da festa de Pentecostes é para nós cristãos a certeza de que não estamos sós. Quando Jesus ascendeu ao céu, Ele nos prometeu que enviaria o Paráclito. O Espírito da Verdade nos encoraja para a nossa missão diária de sermos a exemplo de Maria: A Mulher do Cenáculo, mulheres que não desistem diante das dificuldades cotidianas.
 
O evangelista Lucas, no capítulo 1, versículo 35, nos relata que o Espírito Santo desceu sobre Ela na grandiosa conversa da anunciação, acontecendo ali o Pentecostes de Maria. Daí em diante, o Espírito torna-se seu Esposo. Percebamos que em diversos relatos da Palavra de Deus, Maria está sempre acompanhada do Espírito Santo. No Cenáculo, na companhia dos discípulos, o Espírito sopra um vento impetuoso que enche toda a casa onde estavam reunidos. Poderíamos então nos perguntar o que isso tem a nos ensinar?
 
Antes de responder, vamos perceber algumas características de Maria: obediente, atenta, dócil, protetora, mãe, mulher e amorosa.
 
Precisamos voltar a um Cenáculo permanente dentro das nossas famílias e assim seremos mulheres e mães obedientes à vontade do Senhor, atenta às necessidades mais íntimas da nossos filhos, dócil na vivência do matrimônio, protetora e amorosa para com todos da nossa casa.
 
Seremos verdadeiras ‘Marias’ a edificarmos famílias no Senhor. Marias que vivem essa dimensão de intimidade com o Espírito Santo e por isso edificam lares, segundo a vontade de Deus. Marias que ao perder o seu Jesus volta ao encontro sem reclamar, mas sendo fiel a sua missão de mãe. Marias que intercedem e rogam a Jesus quando falta o vinho. Marias que ensinam aos discípulos a orarem esperando a vinda do Prometido. Marias que diante da Cruz não se desesperam, mas oram ao Pai suplicando forças para se manterem de pé.
 
Assim tem acontecido comigo, sou casada com o Valdo e temos três lindos filhos, são minhas bênçãos. Na terceira gravidez, a do Miguel Luis, vi que precisava permanecer cada vez mais no Cenáculo, rogando a intercessão de Maria e pedindo a força do Espírito Santo. Com seis meses ele foi diagnosticado do Síndrome de West, que se caracteriza por uma tríade: eletroencefalograma com padrão hipissaritimico, atraso no desenvolvimento e espasmos.
 
A medicina dizia que era uma síndrome rara, que meu filho não andaria, teria dificuldade de falar, crises constantes que poderiam evoluir para diversas outras crises. Hoje ele anda, iniciou o processo da fala e as crises diminuíram.
 
Hoje sou feliz e grata a Deus por se manifestar de forma tão clara na minha casa.
 
Que Maria nos ensine a sermos mulheres, filhas, mães, esposas, profissionais plenas do Espírito Santo!
 
Sandra Calixto da Silva Landim
Grupo de Oração Maná
Coordenadora Nacional do Ministério para as Famílias