SANTIDADE, A NOSSA VITÓRIA

Começamos a reflexão deste mês com esta frase norteadora do livro de Neemias, 2,17: “Vinde! Reconstruamos as muralhas de Jerusalém e não seremos mais objetos de insulto”. Esta frase poderá ajudar a você a entender o que estamos vivendo na RCCBRASIL nestes últimos tempos. Estamos em tempo de reconstrução, em tempo de maturidade.

Nós refletimos nos meses anteriores, o limite entre a concupiscência e o pecado. Santo Tomás de Aquino definiu o pecado original afirmando que este consistia formalmente numa privação da justiça originária e materialmente na concupiscência (ST I-II, q. 82, a. 3). Esta definição clássica reunia as duas grandes tendências do estudo medieval sobre o pecado original, pode ser parafraseada após nossa análise dizendo que a estrutura fundamental do pecado consiste negativamente numa falta de fé e positivamente na vã pretensão de autojustificar-nos mediante a correspondência entre as nossas ações e seus resultados.

Em primeiro lugar, torna-se claro que a salvação cristã tem dimensão universal exatamente porque é universal a falta de fé. Ninguém tem a fé pelo nascimento. O ser humano, fora da fé, é chamado à autojustificação. O que significa isso? O pecado original não é uma epidemia hereditária, transmitida de pais para filhos em virtude da concupiscência presente na geração de cada um de nós, como às vezes pensou o grande Santo Agostinho de Hipona (Enchiridion 26,34). O que acontece é que ninguém tem a fé por nascimento. Afirmar nas crianças a presença do pecado original, outra coisa não é senão afirmar a necessidade universal da salvação que vem de Cristo através da fé.

A necessidade universal da salvação não significa que a natureza humana seja má em si mesma. Como criatura, o ser humano é uma realidade boa, saída da vontade criadora de Deus. O que acontece é que o ser humano não tem a fé como um elemento a mais de sua natureza. Portanto, o ser humano fora da fé é chamado à autojustificação.

O que queremos com esta longa introdução? Queremos mostrar a outra faceta da dolorosa experiência de pecado em cada um de nós, que é a salvação mediante a fé justificada no Senhor Jesus. Precisamos entender irmãos (as), que a luta contra o pecado é também a luta junta e continuada de Deus na nossa história e na história da humanidade. Deus nos quer Santos.

Precisamos compreender que a Sagrada Escritura (Bíblia), nos fala de muitos homens e mulheres que conscientes da sua miserabilidade fizeram de sua vida uma vida de santidade e justiça diante do criador. Podemos perceber, por exemplo, a vida de Noé, homem justo, íntegro entre seus contemporâneos e andava com Deus. O povo estava corrompido. Aqui temos um elemento muito importante. Corrupção é o cerne do pecado. A corrupção destrói, corrói, esfacela e mata. Se nós, irmãos, vermos no Gênesis o capítulo I e II da narração da criação, tudo o que Deus cria é bom, pela ação de Deus e sua aprovação autêntica, toda a criação com suas partes é boa e bela, harmoniosa e não confusa. E quando cria o homem o autor sagrado diz na primeira pessoa do plural: “FAÇAMOS O HOMEM À NOSSA IMAGEM E A NOSSA SEMELHANÇA” (Gn 1,26).

Somos criados a imagem e esta imagem é nos revelada pelo próprio Cristo nosso Senhor e semelhança, que nos remete a uma vida no próprio Espírito Santo. Devemos passar da imagem para uma semelhança plena com Deus através do seu Espírito e isto nos configurará ainda mais no Pai criador.

O versículo 31 termina no superlativo, “E Deus viu tudo que havia feito: era muito bom”. Nós irmãos, precisamos compreender que somos feito do melhor barro e muitos outros como Abraão, Isaac e Jacó, José do Egito, Moisés, Sara e Tobias, Neemias, Ruth e Ester, Isaias, Jeremias e tantos outros homens e mulheres bíblicos compreenderam e corresponderam com o apelo divino de santidade. Foram capazes de fazer e de estar na vontade de Deus, porque foram capazes de escutar o mesmo Senhor falar e fazer dessa vontade a sua própria vida. Nós temos grandes testemunhos de que estes homens e mulheres não viram nas dificuldades motivos para não caminhar e, sobretudo, fazer a vontade de Deus.

Este tempo é um tempo de reconstrução, de fincarmos as estacas até desaparecer, isto significa que o alicerce é sólido, é seguro. Tempo de reconstrução irmãos é compreendermos a história da salvação que o Senhor nos apresenta. A salvação já nos é garantida por Jesus, mas é preciso que compreendamos que é tarefa nossa conquistá-la com uma vida de santidade, de escuta e execução da vontade de Deus.

Núcleo Nacional do Ministério de Intercessão da RCCBRASIL

INTENÇÕES PARA ESTE MÊS

1. Pelo Santo Padre, o Papa Bento XVI, pelos bispos, sacerdotes, diáconos e religiosos (as), pelos seminaristas, para que neste período de formação sintam seu chamado confirmado;

2. Pelo Presidente da Renovação Carismática Católica, Marcos Volcan. Pela unidade da RCC em todo Brasil, estados, Grupos de Oração, equipes de serviço e núcleos e com as diversas expressões carismáticas;

3. Pelo Serviço Internacional da RCC (ICCRS) prestado por seus membros e pelo Conselho Latino-Americano (CONCCLAT), para que o Espírito Santo dirija os projetos e orientações do nosso movimento;

4. Pelo Programas de TV da RCC: na Canção Nova – Celebrando Pentecostes – e Renovação em Ação, na TV Século 21. Pelo Portal da RCC na Internet;

5. Pelos Projetos de evangelização, entre eles: Celebrando Pentecostes e Missão Marajó. Veículos de Comunicação. Por todos os colaboradores do projeto da Construção da Sede Nacional e Semeando a Cultura de Pentecostes;

6. Pela construção de nossa Sede Nacional;

7. Pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para que objetivem os valores cristãos e respeito à vida desde sua concepção, nas tomadas de decisão.

8. Pelo bom êxito do VII Encontro Nacional Católico para Magistrados, Membros do Ministério Público e suas famílias organizado pelo Ministério de Fé e Política da RCC/Br que acontecerá nos dia 4 a 6 de novembro de 2011. Pela equipe organizadora e pelos pregadores deste evento.