
Com a morte do Papa Francisco no último dia 21 de abril, a Igreja Católica inicia hoje, 7 de maio, o processo de escolha de seu novo líder. O Conclave tem um fato inédito para o Brasil: sete cardeais brasileiros estão aptos a votar e influenciar diretamente na escolha do novo Pontífice. Este é o maior número de representantes do Brasil com direito a voto em toda a história da Igreja.
O Brasil, que tem atualmente a maior população católica do mundo, cerca de 120 milhões de fiéis, exerce um papel de destaque no âmbito internacional da Igreja Católica. Dos 135 cardeais eleitores confirmados os sete brasileiros representam pouco mais de 5% do colégio eleitoral, o que configura um percentual expressivo, já que a maioria dos cardeais votantes ainda é composta por europeus, principalmente italianos.
Quem são os cardeais brasileiros com direito a voto
Os sete cardeais brasileiros aptos a votar foram nomeados tanto pelo Papa Francisco quanto por seu antecessor, Bento XVI, e carregam uma diversidade de experiências pastorais, teológicas e administrativas. São eles:
· Dom Jaime Spengler, 64 anos, arcebispo de Porto Alegre e atual presidente da CNBB, criado cardeal por Francisco em dezembro de 2024.
· Dom João Braz de Aviz, 77 anos, arcebispo emérito de Brasília e ex-prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada no Vaticano, nomeado cardeal por Bento XVI em 2012.
· Dom Leonardo Ulrich Steiner, 74 anos, arcebispo de Manaus e ex-secretário-geral da CNBB, também nomeado em 2022.
· Dom Odilo Pedro Scherer, 75 anos, arcebispo de São Paulo, criado cardeal por Bento XVI em 2007.
· Dom Orani João Tempesta, 74 anos, arcebispo do Rio de Janeiro, primeiro brasileiro criado cardeal por Francisco, em 2014.
· Dom Paulo Cezar Costa, 57 anos, arcebispo de Brasília, nomeado em 2022 por Francisco.
· Dom Sérgio da Rocha, 65 anos, arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, cardeal desde 2016.
Além dos sete eleitores, o Brasil conta ainda com um oitavo cardeal: Dom Raymundo Damasceno Assis, 88 anos, arcebispo emérito de Aparecida (SP), que não poderá votar por ter ultrapassado o limite de 80 anos de idade, mas que pôde participar das reuniões preparatórias e ainda pode ser votado, caso os cardeais o considerem apto a assumir o posto.
A participação de sete cardeais brasileiros no Conclave reflete a relevância da Igreja Católica do Brasil, haja visto que o país conta com a maior população católica do mundo. E, certamente, a diversidade de suas experiências pastorais e administrativas influenciarão as discussões e a escolha do próximo Papa
Independentemente do resultado, o Brasil já marca sua presença histórica no Conclave de 2025, consolidando-se como uma das vozes mais influentes da Igreja Católica no século XXI.