No dia 22 de novembro celebramos a memória de Santa Cecília. Sua história é cercada de fatos, alguns históricos e outros que podem ser fruto da tradição popular. Mas todos são unânimes em afirmar que Santa Cecília viveu no início do cristianismo e experimentou a perseguição e o martírio dos primeiros cristãos.

Ela nasceu em uma família nobre e rica, entretanto sua maior riqueza era o amor que nutria por nosso Senhor Jesus Cristo.

Este amor levou-a a professar um voto de virgindade diante de Deus.

Seus pais na esperança de induzirem-na a desistir deste voto, prometeram-na em casamento. Mas quem ama não se deixa vencer pelas dificuldades, não desanima frente aos desafios e sofrimentos.

Santa Cecília contou ao seu marido sobre o voto que fizera, e o fez de forma tão convicta e apaixonada por Deus que o converteu – e, posteriormente, ao seu cunhado.

Mas eu não pretendo falar sobre dados históricos, prefiro ater-me aos ensinamentos da vida dela que nos ajudam hoje a viver nossa missão de músicos católicos carismáticos.

A primeira coisa que nossa padroeira nos ensina é que a base para sermos fiéis a Deus é termos uma relação pessoal verdadeira e nutrida por um profundo amor a Ele.

Outro ensinamento para os dias de hoje é a perseverança nos caminhos de Deus e em seu serviço, apesar das dificuldades, incompreensões e sofrimento.

Hoje somos muito tentados a buscar aquilo que nos parece ser mais fácil, ou pelo menos o que nos causa menos sacrifício.

Santa Cecília morreu decapitada. Conta a história que o carrasco acertou seu pescoço com três golpes, e mesmo assim ela passou três dias com vida, animando os cristãos que iam visitá-la a não desanimarem, a não negarem sua fé e seu amor por Jesus.

Certamente os pequenos sofrimentos diários e sua perseverança foram exercícios importantes para sua fidelidade até ao martírio.

E você? Tem perseverado, fiel, a seu chamado e vocação de músico carismático?

De que maneira você tem alimentado seu amor por Jesus?

Propositalmente deixei para comentar por último que Santa Cecília era excelente musicista. Isso porque acredito que em nosso tempo temos valorizado demasiadamente a música, a técnica, a auto-imagem e o marketing e esquecido que, se tudo isso não for para evidenciar um coração cheio de amor e rendido a Deus, não terá eficácia de converter e salvar os homens. Poderá ser uma bela expressão de arte humana que até atinge a sensibilidade mas não converte a alma.

Santa Cecília, com seu amor ardente, usou de sua arte para encantar as pessoas, mas usou de seu testemunho para salvar e santificar aqueles a quem o Senhor lhes confiou.

Neste tempo marcado pelo relativismo, a vida dessa mártir vem nos encorajar a viver a fidelidade e a perseverança.

Seu martírio, testemunho vivo do evangelho, grita para nós músicos carismáticos que, mais do que nunca, o anúncio do evangelho de forma clara e artística se faz indispensável.

Se a Palavra de Deus afirma que não somos capazes de proclamar que Jesus é o Senhor, se não formos movidos pelo Espírito Santo, vemos aí o quanto Santa Cecília era cheia do Espírito Santo. Verdadeiramente era uma carismática.

Que a vida e o testemunho dessa santa da Igreja gere em nós o desejo ardente de sermos movidos pelo Espírito Santo para um serviço através das artes que leve nossos irmãos à conversão e à vida de intimidade com o Senhor.

Santa Cecília, rogai por nós!

 

Grande abraço,

 

Luiz Carvalho

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