A igreja católica celebra neste dia 5 de outubro, Santa Faustina Kowalska, servidora da Divina Misericórdia. 

Nascida em Glogowiec, na Polônia, no dia 25 de agosto de 1905, Faustina era a terceira de dez filhos em uma família de humildes aldeões, quando recebeu o nome de Helena Kowalska. Com apenas 16 anos, começou a trabalhar como empregada doméstica para ajudar a família. Desde pequena, demonstrava grande devoção, amor à oração, diligência e obediência, além de ser muito sensível às dificuldades do próximo. 

Helena iniciou sua caminhada espiritual aos 7 anos quando ouviu, pela primeira vez, a voz de Deus na sua alma. Seu desejo de entregar-se inteiramente a Cristo em uma congregação religiosa era muito grande, porém, seus pais não permitiram por não terem recursos necessários para lhe dar apoio em virtude de uma dívida e por serem muito ligados à filha.

Helena desejava se consagrar totalmente a Deus, mas, diante das dificuldades, acabou desistindo dessa ideia por um tempo. De acordo com seu diário, ela se entregou aos “passatempos” e às “vaidades da vida”. Certa noite, enquanto estava em um baile com sua irmã, teve uma visão de Cristo Sofredor que a questionou: “Até quando hei de ter paciência contigo e até quando tu Me desiludirás?” (Diário, 9).

Helena deixou aquele baile, foi até uma capela e decidiu deixar tudo para entrar no convento. No dia 1º de agosto de 1925, Helena foi aceita no convento da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, em Varsóvia, onde passou a se chamar Irmã Maria Faustina, em 1926.

Diário de Santa Faustina

Santa Faustina começou a escrever sobre seus encontros com Cristo a pedido de seu diretor espiritual, o Beato Miguel Sopocko, entre 1934 e 1938. Ela registrava suas experiências em fichas e cadernos comprados pela madre superiora. Após queimar seu primeiro caderno por influência de um falso anjo, que se revelou ser um demônio, suas anotações não ficaram em ordem cronológica. Ela teve que reescrever, misturando lembranças do passado com novas vivências espirituais. Nos registros, estavam pedidos de Jesus, como a pintura de uma imagem dele, a criação da Festa da Misericórdia, a oração do terço da misericórdia e promessas a quem divulgasse a misericórdia divina.

Após a morte de Santa Faustina, seus seis cadernos foram reunidos e publicados como um livro intitulado “Diário – a misericórdia divina na minha alma”. O diário também inclui um manuscrito intitulado “Minha preparação para a Santa Comunhão”. 

Em 18 de abril de 1993, para o processo de beatificação de Irmã Faustina, seu Diário passou por uma análise teológica minuciosa, conduzida pelo Padre Różycki, que durou quase 10 anos e confirmou as revelações da santa. 

Nos seus últimos momentos, com a tuberculose consumindo seus pulmões, intestinos e esôfago, e sem poder beber água, Faustina não reclamou das dores intensas. Ela pediu que uma irmã cantasse um cântico piedoso e, mesmo ao sentir dor, decidiu oferecer seu sofrimento a Deus pela salvação das almas. Antes de falecer, declarou: “Hoje, Jesus vai me levar Consigo”.

Oração

“Querida apóstola da misericórdia, 

educai-nos para que vivamos da melhor maneira 

esse conselho evangélico, 

nele encontremos a misericórdia divina 

e sejamos misericordiosos com nossos irmãos. 

Por Cristo Nosso Senhor. 

Amém.”