Santa Teresa de Ávila, também conhecida como Santa Teresa de Jesus, é doutora da Igreja e reformadora do Carmelo.

Tereza de Cepeda e Ahumada nasceu em Ávila, na Espanha, no ano de 1515. Filha de Alonso Sanches de Cepeda e Beatriz Dávila e Ahumada, foi educada com muita dedicação e desde muito pequena já expressava o seu gosto sobre histórias de santos.

Após o falecimento de sua mãe, quando dia apenas 13 anos, seu pai a levou para estudar no Convento das Agostinianas. Ela resistia à ideia de ser freira, mas isso foi crescendo dentro do seu coração. Tinha dúvidas quanto à decisão a tomar, pois a vida religiosa a atraia e assustava, ao mesmo tempo.

Quando contou a seu pai que iria se tornar religiosa, seu pai foi contra, mas com 20 anos ela “fugiu” para o Convento Carmelita de Encarnación. Pouco tempo depois ficou enferma e seu pai a retirou do convento.  

Neste tempo em que teve que cuidar da saúde, o que a ajudou a suportar o sofrimento foi um livro que ganhou de seu tio Pedro chamado O Terceiro Alfabeto Espiritual, do Padre Francisco de Osuna. Esta obra consistia em instruções para exames de consciência e contemplação interior.

Após três anos ela se recuperou, retornando para Carmelo. Nesta época costumes inconvenientes e nada edificantes espalharam-se pelos conventos. Um dos costumes era de que as religiosas podiam receber os visitantes que desejassem, a qualquer hora.

Teresa também foi vítima desse costume: passava parte de seu tempo conversando, o que a levou ao descuido com as orações. Muitas vezes ela encontrava desculpas para esse relaxamento em suas enfermidades.

Foi um alerta sobre o perigo que sua alma encontrava, vindo de seu confessor, que a fez voltar à prática das orações. Mesmo com a decisão de entregar-se totalmente a Deus, levando uma vida de contemplação, não tinha renunciado por completo as horas que passava conversando e trocando presentes com seus visitantes, mas passou a dar mais atenção à vida de oração, voltando a meditar conforme o conselho.

Assim, com o novo modo de vida, ela percebeu como era “indigna”. Em certa ocasião, contemplando um crucifixo que trazia marcas das chagas de Cristo, perguntou: “Senhor, quem vos colocou aí?” E pareceu-lhe ouvir uma voz que vinha do crucificado: “Foram tuas conversas no parlatório que me puseram aqui, Teresa”.

Ela se emocionou e a partir de então não voltou a perder tempo com conversas inúteis e com as amizades que não a levavam à santidade. Era uma mudança de vida radical.

Em seu entendimento, ao rezar, deveria ter mais consciência no que se diz e não apenas recitar muitas fórmulas, sendo algo automático, apenas mexendo com os lábios, sem meditação. Segundo o que ensinou Teresa, a melhor forma de oração, o mais eficaz modo de rezar, é uma oração de recolhimento, em que o espírito deve esvaziar-se de si mesmo, a imaginação calar-se, e então, aprende-se a amar a Deus.

Hoje vivemos em uma sociedade que tem fome de paz interior. Portanto, assim como o exemplo de Santa Teresa D’Ávila, que nós cristãos possamos assumir nosso chamado para a oração, a qual nós fazemos cada vez menos.

 

“Nada te perturbe, nada te amedronte. Tudo passa, a paciência tudo alcança. A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta!”

Santa Teresa D’Ávila, rogai por nós!

 

 

Graziela Ferreira Rodrigues de Souza

Membro da Comissão Nacional de Profissionais do Reino – Renovação Carismática Católica do Brasil