Santa Teresa de Calcutá é um grande modelo de vida a ser seguido, mulher obediente a Deus, que foi congruente em suas palavras e ações. Como modelo de vida queremos hoje refletir sobre alguns ensinamentos deixados no legado de Teresa, que são para nós inspiração para continuarmos avançando em nossa caminhada:
AMOR AO PRÓXIMO – Ela se aproximou muito da experiência nos pedida por Jesus, quando Ele diz “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). Com sua vida nos revelou o verdadeiro sentido do amor que se coloca no lugar do outro. Santa Teresa não deu coisas aos pobres, ela viveu com eles, amou com eles, sofreu com eles, se alegrou com eles. Enfim, ela se emprestou ao Senhor e Ele pode agir nela de forma plena. Podemos dizer que Santa Teresa foi um instrumento nas mãos de Deus, sendo para os não amados, abandonados e sofredores luz de misericórdia. Assim disse ela na Carta ao arcebispo Périer, em 30/7/1951: “Nosso Senhor sabe que estou a seu serviço. Ele pode fazer comigo o que desejar”.
CULTURA DE PENTECOSTES – Quando Pedro e os apóstolos foram batizados pelo Espírito Santo, imediatamente um grande ardor os inflamou e eles saíram para levar Jesus às pessoas, vivendo em pequenas comunidades, partilhando, rezando, tendo tudo em comum. Essa é a verdadeira Cultura de Pentecostes. Batizados no Espírito Santo, ficamos cheios dEle, transformamos nossas vidas e a partir daí abrimos nossos braços ao encontro do outro. Queremos levar Jesus às pessoas da mesma forma, partilhando, rezando e tendo tudo em comum; é a dimensão horizontal e vertical da Santa Cruz. Na vertical experimentamos nossa intimidade e fortalecimento em Deus. Na horizontal, de braços abertos, vamos ao encontro do outro para acolher, amar, cuidar, pastorear e sustentar. Santa Teresa foi para nós um espelho de como amar a Deus nos irmãos.
SUPERAÇÃO DE ESCURIDÃO INTERIOR – Sua experiência de não se sentir amada por Deus, de sofrer por dor na alma de rejeição, levou-a ao “deserto espiritual”, ou aquilo que ela mesmo mencionava de “silêncio de Deus”, ou de “escuridão interior”. Isso fez com que Santa Teresa de Calcutá se aproximasse cada vez mais dos pobres. Ela decidiu unir seus sofrimentos aos sofrimentos de Cristo, assim ela nos ensina como os nossos sofrimentos podem ser experimentados de forma a transformar as nossas vidas e a daqueles que se sentem como nós. Unindo nossos sofrimentos ao de Cristo, podemos depois viver com Ele a redenção. A escuridão dessa santa espetacular foi transformada em bênção na vida daqueles que mais precisavam de amor e misericórdia.
ALTERIDADE – Santa Teresa nunca deixou de amar e ajudar alguém por alguma diferença, ao contrário, ela nos mostrou com suas ações que todos somos filhos amados de Deus Pai independente de religião, cor ou outra característica qualquer e, por isso, todos merecem a dignidade de FILHO DO AMADO. Talvez esse ponto de Santa Teresa é que tenha chamado a atenção do mundo inteiro: a mulher, a freira, a católica, a santa que cuidou de todos sem distinção e que afirmou que não existe limite no amor que Ele nos ensinou a dar.
ALEGRIA – “A alegria deve ser um dos eixos dominantes da nossa vida”. Essas são palavras de Teresa e é possível verificar nelas a intenção verdadeira do seu serviço, que deve ser também, a nossa única intenção: agradar a Deus; porque Deus ama a quem dá com alegria (2Cor 9,7). Lembrando que a alegria que vem do Senhor é fonte de força para nos mantermos firmes e fieis na caminhada. Quanto mais alegres formos, mais próximos de Deus estaremos.
O convite é esse: abra-se ao Espírito Santo e permita que o exemplo de Santa Teresa de Calcutá seja vida em sua vida.
Janaina Santos Reus Freitas
Coordenadora Estadual do Rio Grande do Sul do Ministério de Promoção Humana