Passear pela vida e história dos santos nos impulsiona a trilhar nos caminhos da santidade, a desvendar suas limitações, sacrifícios, doação e reconhecer a verdadeira decisão de amor feita por eles. Hoje vamos nos unir à vida de Santo Antônio de Pádua!

Hoje, dia 03 de Junho, celebramos a memória do popular santo – doutor da Igreja – que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.

Trata-se de um dos santos mais populares de toda a Igreja Católica, venerado não só em Pádua, onde foi construída uma maravilhosa Basílica que conserva os seus despojos mortais, mas em todo o mundo. António contribuiu de modo significativo para o desenvolvimento da espiritualidade franciscana, com os seus salientes dotes de inteligência, equilíbrio, zelo apostólico e, principalmente, fervor místico. Características estas que devemos buscar no decorrer da caminhada cristã, destaca-se aqui o zelo apostólico como ponto fundamental para os nossos dias, onde encontra-se pessoas que não correspondem ao serviço de Deus com zelo, faltando acima de tudo o amor pela obra. Irmãos, Deus merece o nosso melhor, assim como Antônio, sejamos responsáveis e amáveis em tudo!

Segundo Papa Bento XVI, em uma audiência geral, Antônio uniu-se aos cónegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, primeiro no mosteiro de São Vicente em Lisboa e, sucessivamente, no da Santa Cruz em Coimbra, onde aconteceu o episódio que contribuiu para uma mudança decisiva na sua vida: ali, em 1220 foram expostas as relíquias dos primeiros cinco missionários franciscanos, que tinham ido a Marrocos, onde encontraram o martírio, nascendo assim no coração do jovem Fernando o desejo de os imitar e de progredir no caminho da perfeição cristã.

Seguir com amor o pedido de Deus parte de uma decisão única e individual de cada um de nós, de um desejo ardente do SIM. Antônio abriu as portas do coração com docilidade e entrega para entender o chamado do Pai. No último período de vida, em seus Sermos, António fala da oração como uma relação de amor, que estimula o homem a dialogar docilmente com o Senhor, criando uma alegria inefável, que suavemente envolve a alma em oração.E nós como temos buscado a intimidade com Deus? As portas do nosso coração estão abertas? A palavra nos diz: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo” (Ap 3, 20).

Escreve ainda Antônio: “A caridade é a alma da fé, torna-a viva; sem o amor, a fé esmorece” (Sermomes Dominicales et Festivi II, Messaggero, Pádua 1979, p. 37). Que maravilha perceber o tamanho amor que envolvia este santo, o sustento em sua trajetória foi movida pelo amor. Peçamos ao Senhor a graça de amar sem medida o serviço que Ele escolheu para nós neste tempo. Que a intercessão de Santo Antônio de Pádua nos alcance a cada dia e que possamos de fato tomar a decisão dos caminhos da santidade com amor e doação, assumindo o que Antônio recomendava: “Se pregas Jesus, Ele comove os corações duros; se o invocas, alivia das tentações amargas; se o pensas, ilumina o teu coração; se o lês, sacia-te a mente” (Sermones Dominicales et Festivi III, p. 59).

Que Deus nos abençoe!

Santo Antônio de Pádua, rogai por nós!

 

Milena Mária Silva Assunção

Coordenadora Nacional do Ministério Universidades Renovadas