Hoje, celebramos a memória litúrgica de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, conhecido popularmente como Frei Galvão. Nascido em Guaratinguetá, São Paulo, em 1739, Frei Galvão se destacou por sua dedicação à fé, caridade e obras de caridade, que o levaram a ser canonizado como o primeiro santo brasileiro em 2007.
Família
Frei Galvão, o padroeiro dos engenheiros, arquitetos e construtores, nasceu no dia 10 de maio de 1739 na vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, atual cidade de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba. A vila estava na região chamada Capitania de São Paulo, hoje, Estado de São Paulo. Galvão era o quarto de dez filhos de uma família muito religiosa, rica e nobre. Seu pai, Antônio Galvão de França, português, era o capitão-mor (prefeito) da vila, comerciante, pertencia à Ordem Terceira Franciscana e era famoso por sua generosidade. A mãe de Antônio Galvão era Isabel Leite de Barros, mulher generosa, filha de fazendeiros e descendente da família do bandeirante Fernão Dias.
A perda da mãe
Em 1755, recebeu a notícia da morte prematura de sua mãe. Este fato fez com ele assumisse Santa Ana (Santana), de quem era devoto, como mãe espiritual. Tanto que seu futuro nome de religioso será “Frei Antônio de Santana Galvão”.
Um pedido que mudou a vida de Frei Galvão
Entre 1769 e 1770, Frei Galvão recebeu a missão de ser confessor no Recolhimento de Santa Teresa, um tipo de convento que abrigava devotas de Santa Teresa de Ávila, em São Paulo. Lá, ele conheceu a Irmã Helena Maria do Espírito Santo, uma freira penitente que dizia receber um pedido de Jesus: a fundação de um novo Recolhimento. Galvão estudou essas mensagens, consultou outros teólogos que as reconheceram como verdadeiras e sobrenaturais.
A grande obra da vida de Frei Galvão
Num tempo em que construções de conventos de ordens religiosas e até de igrejas estavam proibidas em todo o império pelo marquês de Pombal, Frei Galvão assumiu as consequências e fundou o novo Recolhimento, chamado Recolhimento Nossa Senhora da Luz. A fundação foi em 2 de fevereiro de 1774. A identidade espiritual da nova fundação era baseada na Ordem da Imaculada Conceição. Frei Galvão escreveu os estatutos, as regras e deu todo o amparo necessário para que o pequeno recolhimento se tornasse, de fato, uma congregação religiosa.
Frei Galvão vai ao céu
Frei Galvão faleceu no Mosteiro da Luz em 23 de dezembro de 1822, poucos meses depois da independência do Brasil. Faleceu na graça de Deus, com fama de santidade. Uma multidão de luto veio se despedir do santo que encantou a cidade de São Paulo. Ele foi sepultado na igreja do Mosteiro da Luz. Até hoje o seu túmulo é destino de peregrinação de fiéis que vêm pedir e agradecer graças recebidas pela sua intercessão.
Oração
“Deus, pai de misericórdia, que fizeste do bem-aventurado Frei Antônio de Sant’Anna Galvão um instrumento de caridade e de paz no meio dos irmãos, concedei-nos, por sua intercessão, favorecer sempre a verdadeira concórdia. Por Nosso Senhor Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”