Hoje, 13 de junho, a Igreja celebra a memória de um dos grandes santos: Santo Antônio de Pádua. Muito venerado em todo o mundo, especialmente na Europa e nas Américas, no Brasil é conhecido como o “santo casamenteiro”, atraindo muitos fiéis que desejam se casar. Mas a vida e obra de Santo Antônio vão muito além dessa devoção popular.
Nascido em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto de 1195, Santo Antônio era descente de uma família nobre e abastada. Batizado como Fernando, desde muito jovem já expressava o desejo de viver de acordo com o Evangelho. Sendo assim, entrou para a Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho e, mais tarde, mudou-se para Coimbra, onde se dedicou aos estudos humanos e teológicos.
Após ser ordenado sacerdote, em 1220, se interessou pela vida missionária dos franciscanos e, assim, deixou a Ordem dos Agostinianos, adotou o nome Antônio e partiu para o Marrocos para pregar.
Sua verdadeira vocação de pregador foi descoberta em setembro de 1222, durante uma ordenação em Forlì, na Itália, quando ele foi chamado a improvisar um sermão. Seu discurso, em latim, revelou sua profunda cultura bíblica e sua espiritualidade, marcando o início de sua missão de pregador.
A partir daí, Santo Antônio dedicou-se à pregação, atendendo confissões e confrontando hereges. Rapidamente ganhou fama como pregador e, assim, foi convidado a ensinar teologia em Bolonha, tornando-se o primeiro professor de teologia da ordem franciscana.
Santo Antônio sempre colocou Cristo no centro de sua vida e pregação, seguindo os ensinamentos de São Francisco de Assis. Ele enfatizava a caridade como a alma da fé e exortava os fiéis a lutarem contra a ganância, o orgulho e a impureza, exercitando a prática das virtudes cristãs.
Em 1231, acometido por uma doença, Santo Antônio pediu para ser levado de volta a Pádua onde faleceu, em 13 de junho, aos 36 anos, murmurando: “Eu vejo o meu Senhor”.
A canonização de Santo Antônio aconteceu apenas 11 meses após sua morte, em 30 de maio de 1232, pelo Papa Gregório IX. Em 1946, a Igreja Católica o proclamou Doutor da Igreja Universal, com o título de Doctor Evangelicus.
Celebrar Santo Antônio no dia 13 de junho é mais do que honrar o “santo casamenteiro”; é reconhecer a luz que ele foi para a Igreja e o exemplo de pregador que ainda ressoa em nossos corações hoje.