Algumas pessoas têm resumido toda a devoção ao Patriarca São Bento à sua medalha! A medalha de São Bento é um sacramental, abençoado que traz abundantes bênçãos para quem carrega e usa em suas orações. Devemos usá-la e espalhar o seu uso. A medalha em um lado apresenta as letras iniciais da oração dedicada a São Bento e no outro uma pequena oração que pede para que, na hora da morte, tenhamos a intercessão de São Bento.

Mas será que aqueles que usam a medalha sabem realmente quem foi São Bento? Conhecem um pouco de sua história e de seu legado espiritual?

Santo italiano, nascido em Núrsia, no ano de 480, irmão da Santa Escolástica, declarado pelo Papa Paulo VI, em 1969, patrono da Europa, escreveu a Santa Regra com o chamado para que os monges vivam o sacramento do Batismo até as últimas consequências.

Segundo o Papa Bento XVI, ele com a sua vida e a sua obra exerceu uma influência fundamental sobre o desenvolvimento da civilização e da cultura europeia.

São Gregório Magno escreveu que São Bento foi: “O homem de Deus, que brilhou nesta terra com tantos milagres, não resplandeceu menos pela eloquência com que soube expor a sua doutrina” (Dial. II, 36).

A Santa Regra é tomada de milhares de ricos ensinamentos todos fundamentados e alicerçados nas Sagradas Escrituras, mas na realidade ela pode oferecer indicações úteis não só aos monges, mas também para todos os que procuram direção no seu caminho rumo ao Senhor.

Com as orientações de como deve ser o abade, o qual deve apresentar as coisas boas e santas mais pelas ações do que pelas palavras, não deve fazer distinção de pessoas e nem amar um monge mais que o outro.

Explicações sobre a obediência: afirma que ela é o primeiro degrau. Obedecer aos superiores sem murmuração, sem delongas, sem tremor e nem com respostas de quem não quer realizar.

Escreveu sobre importância do silêncio: calar e ouvir, saber guardar até mesmo aquilo que é bom. Os graus de humildade e disciplina… Orientou, inclusive, como deve ser a oração dos ofícios divinos. Apresentou a oração como um ato de escuta, que depois deve ser traduzida em ação concreta, na fecundidade da ação e contemplação.

Abordou sobre a importância do trabalho: a ociosidade é inimiga da alma. Deve ocupar-se do trabalho manual e de leituras espirituais. Também deixou uma linda lição de acolhimento das pessoas no mosteiro: receber aos hóspedes como ao próprio Cristo, com oração e saudação de paz, com solicitude e com um tratamento cheio de humanidade. Acolher os pobres e peregrinos, na pessoa desses, Cristo é recebido.

Enfim, são tantos ensinamentos, tantos frutos na ordem beneditina, a qual se espalhou pelo mundo inteiro.

Nós devemos pedir a intercessão poderosa de São Bento para que sejamos homens e mulheres que caminham conduzidos pelo Espírito Santo numa vida imersa numa atmosfera de oração, com o desejo de agradar a Deus, e que tenhamos a graça de buscar combater e vencer a tentação da ociosidade, do orgulho, da soberba, da desobediência, da vaidade, da ira, da vingança, da sensualidade para habitarmos na eternidade com Cristo.

Dilon Gularte Costa Junior
Grupo de Oração Santo Antônio – Diocese de Cachoeira do Sul (RS)
Coordenador Estadual RCC Rio Grande do Sul