José María Julián Mariano nasceu dia 09 de janeiro de 1902, em Barbastro, na província de Aragão, Espanha. Era o segundo dos seis filhos do casal José Escrivá de Balaguer Corzán e de Maria de los Dolores Albás y Blanc.

Já na juventude José Maria planejava estudar arquitetura, no entanto, num dia de inverno, um acontecimento veio a mudar a sua vida: enquanto caminhava, cruzou com um carmelita, que andava descalço pela neve. Esse episódio tocou-o muito profundamente, e pouco tempo depois tomou a decisão de abraçar o sacerdócio.

Começou os seus estudos eclesiásticos em Logroño e em 1920 prosseguiu-os no seminário diocesano de Saragoça, em cuja Universidade Pontifícia completou a sua formação prévia ao sacerdócio. Em Saragoça fez também — por sugestão de seu pai e com a permissão dos superiores — o curso de Direito. Foi ordenado no dia 28 de março de 1925 e continuou à espera da luz definitiva sobre o que Deus queria dele. Em 1927 doutorou-se em Direito Civil. Foi nesse contexto que ele “viu” a missão que o Senhor lhe confiava: encetar na Igreja um caminho vocacional, para promover a busca da santidade e o apostolado na santificação do trabalho no meio dos homens. Assim nasceu o Opus Dei, cujo nome significa “obra de Deus”, no dia 2 de outubro de 1928, então festa dos Santos Anjos da Guarda.

Em 1930, como consequência de uma nova inspiração divina, iniciou o trabalho apostólico do Opus Dei entre mulheres. Em 1934 publicou — com o título provisório de “Considerações Espirituais” — a primeira edição de “Caminho”, a sua obra mais difundida, da qual já foram editados mais de quatro milhões de exemplares. Em 1943, nasceu a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz, na qual se incardinam os sacerdotes que procedem dos fiéis leigos do Opus Dei. Entre 1946 e 1950, o Opus Dei recebeu várias aprovações pontifícias com as quais ficaram corroborados os seus elementos fundacionais específicos: a sua finalidade sobrenatural, concretizada em difundir a mensagem cristã da santificação da vida cotidiana; a sua missão de serviço ao Romano Pontífice, à Igreja universal e às Igrejas locais; o seu caráter universal; a secularidade; o respeito à liberdade e à responsabilidade pessoais e o pluralismo em temas políticos, sociais, culturais, etc. A partir de 1948, pessoas casadas que procuram a santidade no seu próprio estado de vida puderam pertencer ao Opus Dei a pleno título. Em 1950, a Santa Sé aprovou também que fossem admitidos como cooperadores e ajudantes nos trabalhos apostólicos do Opus Dei, homens e mulheres não católicos e não cristãos: ortodoxos, luteranos, judeus, muçulmanos, etc.

Nos últimos anos de vida, Escrivá realizou memoráveis viagens de catequese a muitos países, sobretudo à América Latina. Faleceu em 26 de junho de 1975.

João Paulo II beatificou-o em 17 de maio de 1992 e o canonizou dia 06 de outubro de 2002.

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Fonte: Aleteia