Vicente de Paulo nasceu em 24 de Abril de 1581, em Pouy, sul da França. Desde criança trabalhava na fazenda da família cuidando dos rebanhos, o que mais tarde fez como padre, cuidando do rebanho do Senhor. Estudou na Universidade de Toulouse e tornou-se padre aos 19 anos. Em uma viagem, quando voltava de Marcele, o barco em que estava foi tomado por piratas turcos, feito prisioneiro, foi vendido como escravo e depois de passar por dois senhores, foi vendido a um fazendeiro, que para viver naquele país havia renegado a fé cristã e se tornado um muçulmano. Um certo dia uma das 3 esposas de seu algoz ouviu Vicente cantando e ficou emocionada. Pede então para ele traduzir o que cantava e fica maravilhada. Admoesta seu marido por ter abandonado sua religião. O fazendeiro pede perdão e junto com Vicente embarca clandestinamente para França. Quando retornam à França, seu ex-patrão é integrado a Igreja Católica passando a viver em um mosteiro. São Vicente também foi capelão da rainha Margarida de Valois. Sua missão era distribuir esmolas aos pobres e visitar os enfermos no hospital em nome da rainha.
Em 1610, Vicente assume uma paróquia no subúrbio de Paris. Um tempo depois é nomeado para uma paróquia esquecida em Châtillon, onde encontra a igreja em total abandono. Com um bom pastoreio, recupera a igreja, transforma os nobres e toda a sociedade local em pessoas carinhosas e preocupadas com próximo. Atuou como capelão geral das galés, vendo as condições como as pessoas eram tratadas Vicente trabalha para que tenham um tratamento justo (naquele local embarcações navegavam a vela ou a remo por pessoas condenadas por delitos comuns). Fazia visitas regulares aos prisioneiros e muitos desses prisioneiros se reconciliaram com Deus. Chegou a se oferecer para trocar de lugar com um condenado na fila de remadores, um modo de demonstrar sua compaixão.
Sua prioridade era sempre os pobres e excluídos, por isso fundou a “Congregação da Missão”, que evangelizava os camponeses. Junto com Margarida Nasseau e Santa Luiza de Marilac criaram as “Damas da Caridade”, que mais tarde se tornou a “Confraria da Caridade”.
O santo foi criador de muitas obras de caridade. Mesmo após sua morte, outros se inspiraram em seus trabalhos, como Frederico Ozanam que inicia junto com seus companheiros o movimento dos Vicentinos.
São Vicente deixa a lição de que a caridade é imprescindível na vida de um cristão e como diz a 1ª Carta aos Coríntios 13,1: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, seria como metal que soa e o sino que retine”. São várias as formas de caridade, o olhar atento, como São Vicente tinha para com todos que convivia é essencial na caminhada cristã. Estejamos atentos em nosso Grupo de Oração as necessidades dos irmãos, visitando, acolhendo e amando.
Dia 27 de setembro a Igreja relembra e venera este santo que é o patrono das obras da caridade. São Vicente de Paulo, intercedei por nós, para que possamos viver a Promoção Humana com o próximo, experimentando assim a essência da caridade. São Vicente de Paulo, rogai por nós.