Todo santo encarna em sua vida um aspecto da santidade absoluta e completa que só vemos em Jesus Cristo. Com São Vicente de Paulo não foi diferente. Nasceu em 24 de abril de 1581, na França. Foi ordenado em 23 de setembro de 1600. Faleceu em 27 de setembro de 1660, em Paris. Canonizado em 16 de junho de 1737, pelo papa Clemente XII, e, em 12 de maio de 1885, foi declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII. Suas obras até hoje prestam serviços à humanidade.
Destacou-se pela dedicação às obras práticas da fé, por meio da assistência aos pobres e pela visita aos doentes no hospital, pois via em cada pessoa, por mais necessitada que fosse, o próprio Cristo. Cumprindo, assim o ordenamento do Senhor: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito e amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt 22, 37-39).
Dentre as obras que realizou, destacam-se a fundação da Congregação da Missão (1625), que cuidava da evangelização dos camponeses, a Confraria da Caridade (1617), que dava assistência espiritual e corporal aos pobres. Com a colaboração de Santa Luísa de Marillac (1633), estabeleceu a Companhia das Irmãs da Caridade, as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas). Criou ainda a Confraria do Rosário, para todos os dias visitar os doentes.
Segundo São Vicente: “o amor efetivo é o exercício das obras de caridade, o serviço aos pobres assumido com alegria, coragem, constância e amor”. Tudo isso reflete uma vida dedicada à promoção humana, na concretude das suas necessidades materiais, a santidade da alma resplandece.
A Promoção Humana denota um movimento em direção ao outro, de um coração impelido pelo desejo de despertar a consciência de sua preciosidade humana em todas as suas dimensões. Não se trata de assistencialismo, mas de uma prática viva e fecunda de amor, que recorda a imagem do Bom Pastor. Amor evangélico que se concretiza em obras de caridade: dar de comer, beber, vestir, assistir os enfermos e os desabrigados, cuidar dos que sofrem nas prisões materiais, oriundas das necessidades temporais, assim como nas espirituais, oriundas da incompletude do coração humano que tem sede de Deus.
São Vicente testemunhou com a vida que diante do “próximo”, ferido, chagado, faminto, desfigurado, “meio morto”, a ação deve ser sempre igual à do “Bom samaritano” que, ao ver, parou, socorreu, cuidou, e tudo fez porque movido de compaixão. (Lc 10, 33).
“Tenhamos por máxima indubitável que à proporção que trabalharmos na perfeição do nosso interior nós nos tornamos mais capazes de produzir frutos para o próximo”.
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Vera Lúcia da Silva Dutra
Coord. MPH/RJ
Ana Claudia Santana Flores
Coord. MPH/DF
Edleide Santos Rosa
Coord. MPH/SE