No capítulo III da Exortação Apóstolica Pós-Sinodal Amoris Laetitia constata-se a afirmativa: “o ensinamento sobre matrimônio e família não pode deixar de se inspirar e transfigurar à luz do anúncio de amor e ternura…”. Enquanto Família Cristã e consciente do chamado feito por Deus, a cada dia devemos testemunhar fraternalmente que é bom ser Família.

O parágrafo 63 discorre que: ”o matrimônio e a família recebem de Cristo, através da Igreja, a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de comunhão”. Então, as nossas Famílias são iluminadas pela presença de Cristo e os cônjuges têm a oportunidade de constituírem a igreja doméstica que, por conseguinte é um lugar onde se aprende a partilha e a experiência do bem comum.

A Igreja é um bem para a Família, a Família é um bem para a Igreja. O amor vivido nas famílias é uma força permanente para a vida da Igreja. (Amoris Laetitia, pag. 62,63),

Desde a instituição da Família, há uma eminente necessidade de nos colocarmos na presença do Altíssimo para que possamos permanecer fortes e inabaláveis diante dos problemas que constantemente vêm para desestruturar a base da sociedade: a Família.

Não obstante às realidades desafiadoras existentes em nossa sociedade, é imprescindível não desviarmos o olhar de fé da fonte verdadeira que é Jesus Cristo.

Sabemos que a dinâmica familiar contemporânea, no que diz respeito à rotina ordinária (subsistência; educação: moral, ética, religiosa), é bem diferente de quatro décadas atrás. No ano de 1977, por exemplo, as famílias resolviam os conflitos internos com menos diálogo, ou seja, os filhos participavam pouco, hoje já temos uma efetiva participação dos filhos dialogando mais abertamente no seio familiar.

No evangelho de São João 12,31 lê-se: “Buscai antes o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo”. Notamos a partir deste texto uma ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo para nós enquanto Família Cristã, buscar as coisas de Deus, apresentar aos nossos filhos e familiares a justiça Divina, ou seja, manter os olhos fixos no Senhor Jesus.

Prosseguindo na leitura deste capítulo, no versículo 32, lê-se: ”Não temais, pequeno rebanho, porque foi do agrado de Vosso Pai dar-vos o Reino”. Amados (as) sabem que na constante luta pessoal que travamos nos deparamos com situações difíceis e desafiadoras, entretanto, anuncio a vós assim como assevera o texto de João: o Senhor está conosco, não desanime em levar a sua Família ao aprisco do Senhor Jesus, lá alcançaremos a paz, a concórdia, o amor, o diálogo, a felicidade que tanto sonhamos.

A Palavra de Deus no Salmo 120 vem confortar a nossa alma, quando no versículo 02 diz: ”O meu socorro virá do Senhor, criador do céu e da terra”. Amados (as), a partir de hoje, levantemos a nossa cabeça e conservemos em nossos corações esta grande verdade e promessa de que o Senhor Jesus é o nosso auxílio, o nosso amparo, a solução que tanto buscamos para acertar os passos da nossa Família, afim de que cada dia seja santo em nossa missão: fermento e base da civilização do amor.

“O Senhor guardará os teus passos, agora e para todo o sempre”. (Salmos 120,8). Assumamos sem medo algum o “ser Família de Deus” no meio desta sociedade que muitas vezes grita por socorro e não consegue escutar nem tampouco enxergar que: Cristo é O Caminho, A Verdade, A vida que está faltando em nossa sociedade.

 

Valdo Braga Landim e Sandra Calixto da Silva Landim

Grupo de Oração Maná – Arquidiocese de Brasília – Setor 04

Coordenadores Nacionais do Ministério para as Famílias