“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que as constroem. Se o Senhor não guardar a cidade, debalde vigiam as sentinelas” (Salmo 126, 1).

 

Sentinela, segundo o dicionário Aurélio, quer dizer: “soldado armado que se coloca próximo de um posto para o guardar, para prevenir da aproximação do inimigo”.

Essa palavra, bastante utilizada no Exército Militar, designa a pessoa que realiza a missão específica de vigiar e advertir qualquer tipo de perigo possível. A sentinela ocupa uma posição estratégica para ter um amplo campo de visão e, obviamente, deve permanecer corretamente uniformizado e armado.

No grande e poderoso Exército do Senhor, nós, intercessores, somos chamados por Ele, a sermos sentinelas a favor do povo de Deus. “Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum” (I Coríntios 12, 4- 7).

Nesse Exército, convocado por Deus, devemos ocupar a posição estratégica para ficar na brecha ocasionada pelo pecado, a fim de evitar que o inimigo estabeleça seu domínio sobre a humanidade. Conforme Ezequiel 22,30, “Tenho procurado entre eles alguém que construísse o muro e se detivesse sobre a brecha diante de mim, em favor da terra, a fim de prevenir a sua destruição”. Para estar na brecha precisamos estar devidamente uniformizados (revestidos de vestes novas) e empunhando com habilidade as armas espirituais.

O uniforme é o que nos caracteriza e distingue como sentinela. Recebemos esse “uniforme” à medida que buscamos ser imitadores de Jesus Cristo. “Sabemos, irmãos amados de Deus, que sois eleitos. O nosso Evangelho vos foi pregado não somente por palavra, mas também com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Sabeis o que temos sido entre vós para a vossa salvação. E vós vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, ao receberdes a palavra, apesar das muitas tribulações, com a alegria do Espírito Santo” (I Tessalonicenses 1, 4-6).

Como Sentinelas, que assumem o ofício de guardiões e defesa dos filhos de Deus, precisamos estar com as nossas armas espirituais preparadas. Manter atualizadas as orações de revestimento, tais como, a Armadura do Cristão (Efésios 6, 10-20); clamar o Preciosíssimo Sangue de Jesus; pedir a intercessão de nossa Senhora (oração do Santo terço ou Rosário), de São Miguel Arcanjo e todas as milícias celestes, nosso Anjo da Guarda e Santos. Buscar os Sacramentos – Eucaristia e Confissão. Orar com a Palavra; fazer jejum ou abstinência; clamar o Espírito Santo, nosso defensor, amigo e conselheiro. É imprescindível para a Sentinela uma profunda intimidade com o Espírito. O inimigo nos espreita o tempo todo, só poderemos enfrentá-lo se estivermos munidos do Espírito Santo de Deus. “Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (I Pedro 5, 8). Jesus quando voltou ao Pai, não nos deixou órfãos, nos prometeu a força do alto. “E eu rogarei ao pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos” (João 14, 16-18). Promessa que se cumpriu em Pentecostes, conforme Atos dos Apóstolos 2, 1- 4.

Antes de qualquer coisa, como Sentinelas, precisamos desejar e buscar essa profunda intimidade com o Espírito Santo em nossa Oração. É em nossa oração que vamos redescobrir e nos fortalecer a cada dia, a cada momento, essa amizade íntima com o Espírito Santo.

Intimidade tem a ver com diálogo, relacionamento próximo; amizade; familiaridade. Quando se é íntimo de alguém se tem a liberdade de falar sobre qualquer coisa, sem que o outro julgue, estando apenas disposto a nos ouvir com amabilidade. O Senhor está sempre com ouvidos inclinados para nos escutar. “Inclinai, Senhor, vossos ouvidos e atendei-me, porque sou pobre e miserável” (Salmo 85,1). Quando se é íntimo de alguém também escutamos o que esse alguém tem a nos dizer. Devemos escutar o Senhor. “Falai – respondeu o menino -, que vosso servo escuta!” (I Samuel 3, 10). A Intimidade com o Senhor através da oração nos leva a transfiguração. Ao se aproximar do Espírito Santo, a sentinela é por Ele transfigurada. Pela Graça, e não por mérito, somos transformados – nossas fraquezas e fragilidades dão lugar a força e coragem.

Intimidade é aproximação. Quando nos tornamos próximos do Espírito Santo consequentemente nos aproximamos dos nossos irmãos, de suas alegrias, dores, suas lutas e tribulações. É ter um coração disposto a ajudar, e orar com amor por aqueles que passam por situações difíceis, para que possam se levantar e voltem a caminhar.

Intimidade tem a ver com solitude. O termo solitude é diferente de solidão. Solidão é quando nos encontramos abandonados, sem carinho sem afeto, desamparados. Solitude é o silêncio útil, onde livremente escolhemos ficar a sós conosco, onde nos deparamos com o nosso jeito de ser e estar no mundo. Nos momentos de solitude nos encontramos com Deus. Como escreveu Santo Agostinho “Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora! Estavas comigo, mas eu não estava contigo. Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez” (Confissões de Santo Agostinho, pag. 277).

A intimidade com o Espírito Santo nos leva a solidariedade. A ver e acolher a Jesus presente nos irmãos. A intimidade com o Senhor é um processo. Quando olhamos para o nosso coração nesse processo de intimidade com o Senhor, podemos pensar que, na solidão entregamos o nosso coração a um vazio existencial, a ausência de Deus, a falta de um sentido para nossa vida. Na solitude, nos encontramos com o Senhor, nos sentimos amados por Ele – devolvemos o nosso coração para nós mesmos. Na solidariedade, o amor de Deus que transborda em nosso coração, chega até os irmãos – entregamos o nosso coração aos irmãos.

Essa é a vocação e missão da Sentinela, ser íntimo do Senhor na Oração; se deixar amar por Ele e transbordar esse Amor em oração de intercessão para todos!

 

Lúcia de Fátima Lopes Silvério

Grupo de Oração Alegrai-vos no Senhor

Coordenador Estadual do Ministério de Intercessão RCC São Paulo

 

 

INTENÇÕES PERMANENTES

1. Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelos Bispos, pelos Sacerdotes, Diáconos, Religiosos (as) e pelos Seminaristas;

2. Por todas as vocações, para que o chamado de Deus seja assumido com amor e fidelidade;

3. Pelos membros do Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica – CHARIS;

4. Pelos membros do Serviço Nacional de Comunhão do CHARIS;

5. Pelo Presidente do Conselho Nacional, Vinícius Simões e sua família, e todos os membros do Conselho Nacional;

6. Pelas reuniões dos Conselhos Estaduais e Diocesanos;

7. Por todos os Grupos de Oração do Brasil;

8. Por todos os Ministérios da RCC em nível nacional, estadual, diocesano e de Grupo de Oração;

9. Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesanos, estaduais e nacional da RCC;

10. Pela casa de missão da RCCBRASIL no Marajó e pelos missionários e missionárias;

11. Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores;

12. Pelos eventos de evangelização da RCC no Brasil;

13. Pela situação política, econômica e moral em nosso País;

14. Para que cesse a violência no Brasil e no mundo;

15. Pela libertação e paz do povo Venezuelano;

16. Pela erradicação dos vírus causadores da Febre Amarela, Dengue, Zika e Chikungunya.

 

 

INTENÇÕES DO MÊS

– Fórum online pela unidade dos Cristãos promovido pelo (SBCC), 8 a 12 de março;

– Pelas reuniões regionais do Ministério de Formação realizadas no mês de março;

– Pelo fim da pandemia do Coronavírus no Brasil e no mundo;

– Pelos desempregados do Brasil, para que tenham a oportunidade de um trabalho digno.