O testemunho abaixo é de uma pessoa que deixa o Amor amar. É um dos textos integrantes do livro Ruah – Relatos de um Amor ama. Foi escrito pelo engenheiro Leandro Salles da Costa, dos GOUs Sal e Luz e Resgate, de São Carlos/SP.

O projeto Ruah foi, sem dúvida, algo muito marcante na minha vida de MUR. Eu nunca havia feito algo do tipo. Abordar as pessoas “do nada” na universidade e pregar o querigma em poucos minutos não constava no meu rol de coisas que planejava fazer na minha vida, mas foi Deus quem fez este sonho nascer no MUR e logo de cara aceitei essa verdade, e o Senhor me deu a Graça de entrar de cabeça nessa empreitada.

Por pura providência, a I Semana Nacional Missionária coincidiu com a VI Semana da Engenharia Aeronáutica, realizada pelo meu curso. Sendo assim, eu não teria aulas naquela semana, teria apenas palestras e mini-cursos, dos quais eu poderia escolher participar ou não, ou seja, meus horários estavam bem flexíveis, o que me possibilitou uma dedicação intensa ao Ruah. Se isso não tiver sido providência divina, eu não sei o que mais pode ter sido. Louvado seja o bom Deus para sempre!

Quando iniciamos o Ruah, efetivamente, qual não foi a minha surpresa ao ver a aceitação que a maioria das pessoas estava tendo. Pude ver que, muitas vezes, nos escondemos por trás da aparente resistência que o meio universitário tem em relação às coisas de Deus, e usamos isso como desculpa para a nossa ação tímida, sem ousadia e, por vezes, ineficaz.

A universidade tem sede de Deus! Eu pude ver isso nos olhos daqueles que escutavam a Boa Nova, nos movimentos das cabeças que concordavam com o que eu falava e em outros sinais claros de que a semente lançada caíra em solo acolhedor. Vi que, muitas vezes, temos preconceitos contra certos universitários, achando que nem adianta tentar evangelizar, duvidando assim do poder que Deus tem.

Um exemplo claro disso foi quando, um dia, na UFSCAR, estávamos “querigmando” na saída de um prédio de salas de aula e vimos duas meninas e um garoto que cursavam filosofia.

Uma das meninas tinha cabelo preto, liso e comprido, pele pálida, usava roupa toda preta e piercing. A outra tinha a cabeça raspada, também de roupa preta; o rapaz tinha cabelo e barba comprida, também se vestia de preto.

Logo que os vi pensei que nem adiantaria chegar para conversar com eles: com certeza, não iriam querer nos ouvir…

De fato, quando perguntei se eles gostariam de ouvir uma mensagem sobre o Amor de Deus, a primeira garota disse que não. Mas os outros dois disseram que sim!

Enquanto ia falando dos temas do querigma, percebi um acolhimento muito grande por parte da segunda menina e, no final, ela quis saber mais sobre o GOU, disse que iria e, de fato, foi!

Vi que, por mais que, muitas vezes, as posturas e atitudes das pessoas deem a entender que não querem saber de Deus, isso não pode nos intimidar, pois, no fundo, elas têm uma infinita sede de Deus, a qual pode ser saciada se nós formos o que devemos ser!

Devido à minha disponibilidade, houve dias em que fiquei inteiramente por conta do Ruah. Era muito bom, mas muito cansativo. Passávamos dias inteiros pregando o querigma e, naquela semana, na quarta-feira, eu tinha fica do de pregar no GOU Sal e Luz (USP). Na segunda à noite, pediram-me para pregar também no GOU Jesus Vive (UFSCAR), que seria na terça-feira.

De primeiro, eu havia recusado, mas disseram que não haveria como conseguir outra pessoa, pois já estava em cima da hora, então aceitei o convite. Resultado: passei dias inteiros fazendo o Ruah, preguei nos GOUs na terça e também na quarta.

Quando acabou o GOU na quarta, eu estava exausto e sentia um peso espiritual muito grande. Enquanto todos se davam a Paz e se despediam, chamei a Hellen (minha então namorada) para um canto, nos abraçamos e comecei a chorar.

Não havia nenhum motivo aparente para o choro, foi apenas uma expressão do peso que sentia no momento. Tinha gastado todas as minhas forças, me sentia exaurido, acabado… Então à noite, estava em casa pensando em tudo o que tinha passado naquela semana e no cansaço que sentia, e me veio uma alegria muito grande. Por quê? Porque naquela semana eu tinha conseguido realizar o que eu mais queria na vida: me consumir todo por Deus e nada mais! Como é bom gastar os meus dias, minhas forças, ficar cansado, esgotado, sentir-me fraco de tanto servir a Deus!

Ah! Meu maior desejo é viver de amor por Jesus, e se “viver de amor é dar sem medida” (Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face), eu quero mais é me dar e me dar, me gastar, me consumir por aquele que tanto amo! Peço ao meu Amado que eu consiga fazer isso pelo resto da minha vida!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Leandro Salles da Costa
Engenheiro de Aeronáutica
Integrante dos GOUs Sal e Luz e Resgate, São Carlos/SP

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