Nesse mês de abril, os intercessores são convidados a meditarem a Rede Nacional de Intercessão com os resumos das formações do Workshop do Ministério de Intercessão no Encontro Nacional de Formação para Coordenadores e Ministérios de 2018 (ENF), confira:

 

 

INTERCESSORES CHAMADOS A VIVER UM PENTECOSTES PERENE

 

O Senhor quer trabalhar o nosso caráter e o Espírito Santo é o especialista para mudá-lo e nos conformar com o caráter de Cristo. O Espírito Santo quer mudar a nossa índole, pois o Pai deseja que sejamos pessoas cheias do Espírito Santo.

Uma das mensagens centrais da Palavra de Deus tanto no Antigo como o Novo Testamento é a promessa do derramamento do Espírito Santo. Nas profecias do Antigo Testamento encontramos inúmeras passagens em que Deus promete derramar o Espírito Santo sobre seu povo e uma delas está no livro de Joel 3,1-2 “Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias, derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas”.

 Na profecia de Joel quando o Senhor fala que derramará o Espírito sobre filhos e filhas, Ele está dizendo que derramará o Espírito Santo universalmente. Sabemos que a sociedade Judaica é extremamente patriarcal, mulheres e crianças não eram contabilizados, mas 400 anos antes de Jesus Cristo, o profeta Joel falou do derramamento do Espírito Santo não só sobre os filhos, mas também sobre as filhas, este sem dúvida demonstra a inclusão numa sociedade onde mulher não era contabilizada e estava sendo agora. O ancião não é final de carreira e a palavra diz ainda que, sobre vós derramará o seu Espírito e voltarão a sonhar. Se mulher e criança não eram contabilizadas, o Senhor ainda fala, derramarei o meu Espírito até mesmo sobre os escravos e as escravas, esse mostra o caráter universal do Espírito Santo que o Pai deseja derramar sobre todos, esta é a mensagem central desta profecia, o Senhor quer que todos os seus filhos sejam cheios, robustecidos pelo Espírito Santo.

 Se nos deixamos encher pelo Espírito Santo, ele transforma tudo que está seco, tudo que está árido no nosso coração numa floresta frondosa. Pode ser que estejamos com o coração seco, com uma vida espiritual árida e afastada do Senhor, e até mesmo, do serviço do Ministério, mas a profecia diz que o Senhor vai derramar o Espírito Santo e vai transformar o deserto em floresta, vai transformar o deserto da nossa vida espiritual, o deserto árido do nosso coração em um oásis. O nosso serviço em um tempo Novo, em um tempo de produção de frutos.

 Em Ezequiel 37 diz: “…profetizem sobre esses ossos secos para que eles voltem a viver”. E derramado sobre nós a vida, nós que, muitas vezes, embora estejamos vivos, somos mortos. O Senhor nos fala, você tem fama de que está vivo, mas na verdade está morto. O Espírito Santo é derramado sobre nós para nos dar vida nova, parresia, para nos dar de novo o impulso apostólico, a alegria de servir a Deus, a alegria de se ajoelhar diante do Senhor e clamar como homem e uma mulher de fé, uma profecia de 500 anos antes de Cristo, por ser a palavra de Deus, é viva e eficaz aqui e agora, assim todos nós sem exceção, podemos ser cheio do Espírito Santo.

Em Zacarias 4,6 o Senhor fala: “…vocês não vencerão pela força das armas, nem dos cavalos, vocês vencerão pelo poder do meu Espírito”. Os intercessores vencem as batalhas se estiverem cheios do Espírito Santo. O Pai das misericórdias promete derramar o Espírito Santo de maneira incansável, e no Novo Testamento está à Nova Aliança em Jesus que reafirma a promessa do Pai. Jesus ratifica, confirma a promessa do Pai no Evangelho de Mateus 3, 11, quando João Batista diz: “Eu batizo em água, mas depois de mim virar o outro e ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo”. Esta palavra de Deus reafirma toda promessa do Antigo Testamento.

Necessário vos é nascer de novo da água e do Espírito, por que, se não nascer de novo não poderá entrar no Reino de Deus. Jesus reafirmando a promessa do Pai no Antigo Testamento e coroa em João 14, 16 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco”.

Deus quer que sejamos homens e mulheres cheios do Espírito Santo, na carta de São Paulo aos Efésios 3, 14.16 diz: “Tenho dobrado os meus joelhos diante de Deus pedindo por vocês para que vocês sejam poderosamente robustecidos do meu Espírito”. Ser robustecido é mais do que cheio. São Paulo disse, eu não estou orando para que vocês sejam só cheios do Espírito Santo, eu estou orando para que vocês sejam robustecidos do Espírito Santo. Sejamos intercessores robustecidos no Espírito Santo, vasos transbordantes do Espírito, que o exercício do nosso Ministério seja um transbordamento do Espírito Santo, que o nosso Ministério seja o transbordamento da nossa vida no Espírito, uma vida mergulhada continuamente no Espírito, só assim nosso Ministério será eficaz. Nenhum ministeriado permanece por causa da eloquência das palavras ou por causa das técnicas que ele aprende no Ministério, só permanece no Ministério a pessoa que é robustecida no Espírito Santo, só assim seremos bons intercessores, bons servos.

Só pessoas robustecidas pelo Espírito Santo tornam-se eficazes nas mãos do Pai. Só as pessoas robustecidas do Espírito Santo sobrevivem à tribulação que está por vir, as pessoas que se entregam pela metade não sobrevivem, não terão têmpera para aguentar a perseguição, a tribulação que está por vir. Só os homens e as mulheres robustecidos do Espírito Santo suportarão a grande tribulação que já se manifesta em nosso meio de diversas maneiras, com diversas ideologias. Precisamos estar cheios do Espírito Santo para remar contra maré, só os robustecidos no Espírito Santo permanecerão fiéis até o fim e receberão a coroa da Justiça. O Pai deseja encher a terra do seu Espírito, o Pai deseja encher todos do Espírito Santo, por isso, é continuamente derramado sobre aqueles que estão de coração disposto.

 Qual a condição para sermos cheios do Espírito Santo? É ter o coração rasgado e humilhado diante de Deus, crê e, por isso, pede. “Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem” (Mt 7,11).

Então, o coração do Pai celestial se comove, o Pai se enche de ternura por aquele filho que pede de coração rasgado e humilhado na sua presença e, assim, derrama abundantemente sobre nós o Espírito Santo como narrado no episódio de Atos 2. O Espírito é sempre o mesmo, e assim como se derramou sobre os discípulos em Jerusalém, continua a se derramar com a mesma potência sobre nós hoje aqui e agora no século XXI. Pentecostes é um mistério permanente, de fato, é sempre Pentecostes para os que estão de coração aberto, de coração bem disposto, de coração rasgado na presença de Deus.

 Somos chamados a viver em um Pentecostes perene, e isso quer dizer que somos chamados a continuar a mergulhar nas águas profundas do rio de água viva, intercessores chamados a mergulhar no rio de água viva, mas mergulhar de uma maneira mais profunda, pois quando servimos a Deus, devemos servi-Lo mergulhados no Espírito.

 São Tomás de Aquino diz: “A cada nova missão deve corresponder a uma nova efusão”. Então, a cada nova missão do intercessor deve corresponder a um novo mergulho, uma nova efusão, é isso que vai dar sentido a nossa missão, um novo e continuado mergulho. Portanto, na oração pessoal diária não deve faltar o: “Vem Espírito Santo! Não podemos começar a trabalhar a seco!

O Espírito Santo está preocupado em fazer de nós homens e mulheres Santos, íntegros na sua presença, homens e mulheres com caráter trabalhado semelhante ao caráter de Cristo, segundo o Coração de Deus.

A partir da experiência do Pentecostes os intercessores são chamados a viver em profundo sentido de estar mergulhados no Espírito Santo, para torna-se um novo intercessor no poder do Espírito, com mais autoridade na oração, a ponto de fazer o inferno tremer. Santa Catarina costumava dizer que satanás tem medo dos mergulhados continuamente nas águas do Espírito Santo. É o Espírito Santo que nos convence de tudo que está errado em nossa vida. Precisamos ser intercessores moldados no Espírito Santo.

 O Espirito Santo continua trabalhando para nos convencer do nosso pecado, da necessidade da mudança de atitude e de nos moldarmos segundo o caráter de Jesus Cristo. Leão XIII falou que “Jesus veio ao mundo para nos salvar, mas quem continua a operacionalizando a salvação no nosso meio é Deus Espírito Santo”. Portanto, produzimos rigorosamente ainda mais frutos do Espírito Santo quando somos intercessores mergulhados no rio de água viva.

Resumo das formações do Workshop da Intercessão no ENF2018

 

 

INTERCESSOR, TORNA-TE QUEM TU ÉS !

O grande trabalho do Espírito Santo é nos tornar aquilo que nós já somos, filhos e filhas de Deus com Jesus.

E quantas coisas muito boas os servos tem feito na obra de Deus, muitas vezes, no escondimento da intercessão, outras vezes, se envolvendo em tarefas mais mediatas, mas o que está acontecendo de mais belo na sua vida não é o que você faz para Deus, é o que Deus está fazendo em você. A coisa mais linda que está acontecendo hoje na sua vida não é a quantidade de coisas que você pode fazer para Deus, ajudando nesse encontro, servindo naquele Grupo, a coisa mais bela é que mesmo que você não seja mais capaz de fazer tanto, Deus continua fazendo algo em você, a obra dEle não para, Ele não se cansa, Ele não desiste, e mesmo quando as nossas  mãos estão atadas pelas circunstâncias da vida, as mãos dEle estão livres, e Ele continua contando conosco, fazendo de nós o que devemos ser: filhos e filhas com o coração, com a mente, com a alma semelhante a Jesus, de tal maneira que dia após dia as pessoas consigam cada vez mais ver Jesus em nós.

Assim, a sua família pode ver em você cada vez melhor Jesus, porque o trabalho do Espírito Santo é nos refazer por dentro, para que a nossa vida na terra, seja uma expressão da vida de Jesus que está no céu, esse é o grande trabalho, mas como é que o Espírito Santo faz esse trabalho? Como o Espírito Santo molda Jesus em nós?

Quando Michelangelo terminou de esculpir a Pietá, um outro artista viu que ficou tão linda que perguntou como ele conseguiu fazer algo tão maravilhoso, e o Michelangelo deu uma resposta: quando tenho em minhas mãos um bloco de mármore eu já consigo ver nele a escultura, eu já consigo imaginar a escultura que está dentro dele, aí eu pego um martelo,  pego o cinzel  e começo a tirar as sobras até que fique só o que vi que estava lá dentro, essa é a reposta de um grande artista.

Nas mãos de um artista capaz, um bloco de mármore quando se tira as sobras, os excessos pode-se fazer brotar algo tão lindo.  O Espírito Santo de Deus é o executor de todos os sonhos que Deus tem no coração dEle. E o sonho mais lindo que Deus tem no coração dEle é ver surgir  dentro de nós o semblante, o rosto, a expressão de Jesus,  então o Pai do céu derrama em nós, o seu Espírito Santo para que o Espírito Santo pegue esse bloco de mármore que é o nosso coração e vá  tirando as sobras, os excessos, tirando esse monte de eu, que temos no nosso interior. Ele reduz tudo até que apareça em nós o semblante de Jesus, o jeito de ser de Jesus, o Jeito de amar de Jesus, o jeito de viver de Jesus.

O primeiro modo como o Espírito Santo molda-nos é tirando o excesso de “eu” que existe em nós, arrancando de nós tanto de nós mesmos para que apareça a face bela, perfeita de Jesus. Michelangelo usava um cinzel e um martelo, o Espírito Santo usa um outro instrumento, chamado cruz de cada dia. Por isso, não pragueje a sua cruz, não despreze a sua cruz, não queira se livrar dela como se ela fosse o grande problema da sua vida, porque é através da cruz de cada dia, que o Espírito Santo vai talhando o nosso coração, limpando os corações de tanto eu que deve ter. Esta é a primeira maneira como o Espírito Santo faz para nos assemelhar, moldar a semelhança de Jesus, é pela cruz de cada dia, nos levando a morrer para nós mesmos, uma pessoa cheia do Espírito Santo é uma pessoa que aprendeu a morrer.

Quando o Espírito Santo através da cruz de cada dia, parte o nosso coração e nos molda tirando o excesso de eu que temos, essa morte glorifica a Deus. Essa morte que dá glória a Deus tem que estar acontecendo continuamente dentro de nós, e é um trabalho do Espírito Santo, que nos faz abrir mão de nós mesmos para que possamos agarrar a vontade de Deus que é perfeita.

Muitas vezes pensamos que algumas coisas já estão mortas em nós, mas estão remoendo dentro de nós, por isso, não devemos achar que já estamos prontos, isso porque é um trabalho para a vida toda. O apóstolo diz que não devemos vigiar a conduta do outros, mas a nossa, porque esse morrer que é um trabalho do Espírito Santo, está agindo continuamente em nós, quando sofremos uma injustiça, o Espírito diz: “Calma, não é hora de se defender, não é hora de dar explicações! Calma! Olha quanta coisa deve morrer aqui dentro”. O Espírito Santo é capaz de fazer isso, para que aconteça dentro de nós uma morte que glorifica a Deus, porque dar espaço para Ele crescer em nós, é obra do Espírito Santo.

Precisamos cooperar com o Espírito Santo, ou seja, trabalhar junto com o Espírito, nessa obra na qual o eu vai morrendo, para que nasça uma nova criatura que é plena nas mãos de Deus, que não tem excesso de vontade própria, essa nova criatura que podemos nos tornar deve ser cada dia talhada no Espírito Santo.

Não chegaremos aonde Deus quer nos levar se não permitirmos que o Espírito Santo faça esse trabalho de cruz, de morrer, se não permite que o Espírito Santo nos ensine a abrir mão de nós mesmos. E Jesus falou aos discípulos: “Se alguém quiser me seguir, abra mão de si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e me siga”. Só continua a caminhada com Jesus, quem souber abrir mão de si e morrer um pouco.

“Estando embora vivos, somos a toda hora entregues à morte por causa de Jesus, para que também a vida de Jesus apareça em nossa carne mortal. Assim em nós opera a morte, e em vós a vida.” (II Coríntios 4, 11-12 ).Um servo do Senhor é alguém que está continuamente no morrer, para que no pouco que o Senhor nos confia possa agir a vida de Deus, o poder de Deus. O intercessor é alguém em quem está agindo continuamente esse morrer pra si mesmo, para que em nossas orações a vontade de Deus possa agir no seu povo.

 Agora imagina um intercessor que vai orar pelo seu Grupo de Oração e está com coração ferido por alguma coisa. Como eu vou orar por esse Grupo, para que Deus abençoe, para que ele possa ser graça de Deus na vida de outros, se dentro de mim estou o tempo todo brigando, achando que só tenho dor e sofrimento?

É para ter vida no meu Grupo que eu tenho que morrer e dizer: “Senhor, eu não aceito me deixar ferir por essa situação no meu Grupo, porque vamos conseguir resolver”. As feridas que trazemos na realidade é uma ferida no nosso orgulho, não podemos aceitar isso, porque não vai permitir que sejamos um canal de vida para os nossos Grupos de Oração.

Quando estamos com o coração machucado o que devemos fazer é, perdoar, só quem perdoa dá liberdade ao Espírito para conduzir a sua oração, perdoamos as pessoas quando começamos a orar por elas, pois esta é a ordem de Jesus, orai por aqueles que vos ofenderam. Ser cristão é cooperar, trabalhar junto com o Espírito Santo nesse trabalho de morrer para si mesmo, assim, de repente o Espírito Santo vai nos revelando que estávamos presos, ele mostra que não preciso mais me sentir vítima, pois agora recebi de Jesus o poder de perdoar, o poder de liberar vida, mas para isso, teve que haver uma morte em mim.

 O segundo ponto a abordar sobre o morrer e a intercessão, seria compreender que, intercessão é um estilo de vida, o tipo de vida de Jesus, isso porque, Jesus é o perfeito intercessor, porque interceder significa ser ponte, Jesus é a ponte perfeita e única entre o coração do Pai e humanidade, mas Ele quis por um mistério de amor que todos cristãos participassem desse trabalho dEle, então Ele faz de todos nós unidos a Ele, por causa Dele junto com Ele ponte, para que as pessoas possam se aproximar do Pai, esse é nosso trabalho de intercessor, e isso não é só no modo de rezar, é também no modo de viver. Quando Jesus realizou plenamente o seu Ministério de intercessão, Jesus disse: tudo está consumado, quando foi isso?

O estilo de vida de Jesus foi esse, o modo de Jesus consumar a sua missão foi esse, até o fim Jesus foi intercessor, Ele transformou a sua vida, as suas dores, a sua cruz em ponte para que pudéssemos nos aproximar de Deus.

O trabalho de um intercessor, não é só transformar suas orações em ponte para que as pessoas se aproximem de Deus, é transformar tudo em sua vida, o intercessor não pede nada, ele apresenta tudo ao Pai como Jesus fez para que as pessoas se aproximem de Deus, para que as pessoas sejam alcançadas por Deus, o intercessor é aquele que transforma cruz e dor em bênçãos, em ponte para que outros alcancem e sejam alcançados pelo toque e pelo poder de Deus.

Um intercessor louva, adora, geme, chora, mas acima de tudo o intercessor não perde nada do que ele está vivendo e oferta tudo ao Pai, como Jesus fez na cruz, para que Deus transforme até as dores, até a sua cruz em bênçãos para vida de muitos. Nós amamos os santos da nossa igreja e a nossa igreja é repleta de homens e mulheres que humanamente não podiam nada, a não ser sofrer e se oferecer, como Padre Pio, Santa Gemma Galgani e muitos outros santos que sofreram e se ofereceram, e quantas pessoas foram mudadas por Deus porque encontrou um coração como o de Jesus, capaz de sofrer e de se oferecer.

O Pai procura por corações semelhantes ao de Jesus, que se deixa moldar, que a cada dia desejam ser como o Coração de Jesus e se apresenta ao Pai, pela Igreja, pelo Grupo de Oração, pelos filhos de Deus. O intercessor deve ser uma pessoa tão unida a Jesus, uma pessoa tão impregnada com Jesus de tal maneira que através do coração ofertado, milagrosamente alcança tantas pessoas que nem somos capazes de imaginar.

 O que Deus quer não é a nossa força, Ele quer a nossa rendição, o que Deus quer não são as nossas mãos livres para que façamos do jeito que achamos que deve ser, o que Deus quer são as nossas mãos pregadas como Cristo para que Ele possa fazer o que Ele quer através de nós.

Não importa o que temos conseguido fazer, o que nos faz ser um servo melhor é o nosso coração unido ao Coração de Jesus, unido para que Deus possa nos usar onde ele quiser. Não são as dificuldades que nos faz deixar de ser servo, o que nos faz deixar de ser servo é o nosso orgulho, só isso.

 Também quando eu tiver na cruz Senhor, também quando eu não puder fazer coisas, quando eu puder só me oferecer, que eu seja minha intercessão, que seja a minha oração, me faça um servo como Jesus, me faça um servo do jeito dEle, um servo que a cada dia está morrendo mais para si mesmo, para que a glória de Deus se manifeste, um servo que a cada dia mais quer ser conduzido pelo Espírito Santo, um servo que não se deixa ferir, pois quando nos deixamos ferir, desanimamos em servir, não podemos nos deixar desanimar, abater. Peçamos a fortaleza no Espírito para quando Deus enviar a cruz, possamos reconhecer que na cruz vem também as tuas mãos para me trabalhar, para me moldar, para me fazer sentir Jesus.

Intercessor torna-te quem tu és, torna-te crucificado, morto para ti mesmo, rendido ao Espírito Santo, sedento da vontade de Deus, capaz de perdoar, capaz de abrir mão do orgulho para que a graça de Deus faça de nós servos melhores, não importa onde o Senhor nos coloca. Esse é o segredo da nossa vida, nunca mais olhar para trás, olhar só para Jesus, Ele é o motivo, por causa dEle tudo vale a pena, por causa dele  deixamos que o nosso orgulho seja pisoteado, só por causa dEle, para que a glória de Deus se manifeste.

Resumo das formações do Workshop da Intercessão-ENF2018

 

 

PASTOREIO: UM SERVIÇO DE AMOR NA INTERCESSÃO

Jesus é a nossa referência de pastor e podemos ver isso, claramente, no Evangelho de João 10, 11, quando o Senhor diz: “Eu sou o bom pastor”. Temos um Deus que assume a figura de pastor para nos resgatar como suas ovelhas, para cuidar de nós com desvelo, ou seja, com grande cuidado, preocupação, dedicação, zelo e vigilância.

Ao falar de pastoreio é importante primeiramente compreendermos que o nosso chamado ao pastoreio é aquele que nos coloca ora como pastores, ora como ovelhas.

No Salmo 22, podemos conhecer as características do Bom Pastor, o salmista diz: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes”. Este versículo revela o amor e o cuidado do Senhor para conosco, que somos as suas ovelhas. E ainda nos ensina que a principal característica inquestionável do pastor é o amor pelas ovelhas. Se não amamos o rebanho de intercessores, não podemos guiá-los com Cristo e para Cristo. As ovelhas precisam ouvir a voz do Senhor por meio daqueles que assumem a missão de pastorear as suas ovelhas.

É o amor que legitima o pastoreio, isso porque, pastoreamos vidas, pastoreamos a pessoa por inteiro (Ministério, vida pessoal…). Quando pastoreamos estamos evidenciando o nosso amor por Jesus.

Quando Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros.” (João 21, 15). Pedro havia negado conhecer Jesus três vezes, e Jesus dá a ele a chance de dizer três vezes que o ama, Pedro sabia que a escritura diz que: “O amor cobre uma multidão de pecados.” Pedro sabe que esse amor pode cobrir tudo o que passou: “Você me ama? Sim, tu sabes que te amo! Me ama mais que os outros? Eu te amo Senhor! Você me ama mesmo? Senhor, você sabe tudo, você sabe que eu falhei. E o Senhor sabe que o meu amor, apesar de todo atrapalhado, ele é de verdade: tu sabes que eu te amo. Então Jesus diz: Apascenta as minhas ovelhas.

Jesus ao perguntar a Pedro três vezes se o amava, queria saber se o amor que Pedro diz sentir, o faz estar comprometido com o pastoreio das suas ovelhas. Jesus conta com pessoas que não vão deixar de amá-lo, por isso, o que Ele disse para Pedro, Ele diz para mim e pra você, hoje se você me ama apascenta os meus cordeiros.

Jesus divide o amor que Ele tem por seus cordeiros não com pessoas infalíveis, mas de pessoas que o amam, que são capazes de recomeçar quantas vezes for possível por causa dEle.

 Sabemos que pastoremos vidas e, por vezes, encontramos ovelhas, machucadas, distantes, resistentes. Como pastores, podemos restaurar as forças, o ânimo das ovelhas para voltarem a caminhar, como nos fala o salmista ao retratar a figura do Bom Pastor no Salmo 22, 3 “…restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome”. Não podemos deixar que as ovelhas se percam e nem se desviem do caminho. Quando assumimos a condição de pastor devemos dar o sentido correto de direção às ovelhas, para conduzi-las por caminho reto e seguro.

Entretanto, quando o pastor é ausente, encontramos ovelhas amedrontadas, inseguras, com medo de interceder, que não conhecem o mover de Deus para o serviço na intercessão e, por isso, tem dificuldades de compreender o que o pastor orienta.

O pastor não deve só conhecer o cheiro das ovelhas, é preciso que o pastor se comunique, ouça as ovelhas para que elas possam reconhecer e escutar a voz do pastor, trazendo segurança ao rebanho de intercessores, gerando intimidade e confiança entre pastor e ovelhas, pois o ofício do pastoreio está relacionado com o cuidado com as ovelhas, por isso, só existe pastoreio, de fato, quando a ovelha confia no pastor.

Muitas vezes quebramos a confiança quando somos lentos, descuidados com as ovelhas, quando somos omissos diante da missão confiada de pastorear os intercessores, tornando o rebanho vulnerável e disperso. As ovelhas precisam do cuidado do pastor para se tornarem fortes, precisam ser constantemente motivadas.

Pastoreamos as ovelhas do Senhor (não é qualquer coisa), e isso aumenta a nossa responsabilidade. O Senhor se compadece de suas ovelhas, “Ficou tomado de compaixão porque estavam enfraquecidas como ovelhas sem pastor” (Mateus 9, 36).

O salmo 22, 4 nos diz: “Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo”. A palavra bordão e báculo, são palavras semelhantes utilizadas pelo salmista para reforçar o auxílio do cajado para o pastor. Ao exercer o pastoreio recebemos o cajado, que é sinal de autoridade espiritual sobre as ovelhas, mas que passa como vimos no salmo 22, pelo amor para que o rebanho reconheça a voz de Jesus, pela disposição para restaurar as forças e o ânimo das ovelhas e levá-las ao caminho reto e seguro. Só assim teremos autoridade para conduzir as ovelhas, autoridade de amor para assumir o comando e, muitas vezes, assumir uma posição de risco para proteger e cuidar do rebanho.

Por isso, o pastor precisa ter uma visão ampla da missão, para conduzir todo o rebanho de intercessores, não só uma parte. É necessário uma visão macro, pois a visão micro só vê os problemas, que faz  com que o pastor descuide das ovelhas. Por isso, o pastoreio no Ministério de Intercessão deve ser sempre uma conduta zelosa que proporcione o contato fraterno com todo rebanho de intercessores. Logo, o coração do pastor deve bater forte por suas ovelhas.

Resumo das formações do Workshop da Intercessão-ENF2018

 

 

INTERCESSORES EM ORDEM DE BATALHA

“À frente do seu exército, o Senhor faz ouvir a sua voz, pois seu batalhão é imenso e poderoso para executar sua palavra. Sim, o dia do Senhor é grandioso e temível! Quem o poderá suportar?” (Joel 2,11).

 A palavra do profeta Joel é clara quando diz que o Senhor está à frente do seu exército. Os intercessores são esse grande exército do Senhor e precisamos estar preparados, a postos, em ordem de batalha, porque os combates virão. E contra quem combatemos? Contra satanás e as forças do mal.

Temos visto que o inimigo não faz mais nada as escondidas, ele age as claras, não se esconde mais e no dia-a-dia revela suas obras de destruição sobre os filhos de Deus. O quanto temos visto as insídias do maligno contra os jovens provocando desejo de suicídio e morte, o quanto tem atacado a inocência das crianças, as famílias provocando divisões, atacado a Igreja e os Grupos de Oração provocando escândalos. São inúmeras as ameaças que a humanidade inteira tem enfrentado.

Sem dúvida estamos em uma batalha espiritual acirrada que é travada dia e noite, sem trégua entre o bem e o mal. Portanto, não podemos ser intercessores letárgicos, alienados, indiferentes diante de toda essa realidade hostil que nos envolve.

As trombetas estão soando, convocando o exército de Deus, mas muitos estão distraídos com as coisas deste mundo, preocupados, em falta com o treinamento diário e contínuo que um bom soldado deve ter para suportar o combate. Quando não nos preparamos para os combates espirituais que inevitavelmente teremos que enfrentar para fazer a vontade de Deus, acabamos na trágica situação de servos de Deus em fuga do próprio Deus.

 Os intercessores como exército de Deus devem estar preparados, para que a cada dia possam se tornar mais fortalecidos, tornando-se aptos pelo poder do Espírito Santo para a batalha. A nossa preparação como soldados do exército do Senhor se inicia quando nos decidimos por uma vida de conversão sincera e santidade. Só quando buscamos uma vida nova em Cristo, que o Senhor inicia o nosso treinamento para nos tornar valentes guerreiros, e assim, ter autoridade espiritual para usarmos com eficácia as armas espirituais ofensivas e defensivas que encontramos em Efésios 6.

É o próprio Senhor que nos pede: “Suporta comigo os trabalhos, como bom soldado de Jesus Cristo.” (II Timóteo 2,3). Somos treinados por vezes no sofrimento, nas dificuldades, desafios, perseguições, no silêncio e demora de Deus em meio as nossas orações. Não devemos desanimar, aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios. (Romanos 8, 23).

O intercessor que compreende que está sendo treinado, capacitado em Deus, o seu viver passa a ser Cristo. Para chegarmos a esse ponto, precisamos renunciar aos medos, murmurações, inseguranças para assumirmos os nossos postos, para nos colocar em ordem de batalha. O intercessor não pode baixar a guarda, para não ser surpreendido pelo contra ataque do inimigo.

Não somos soldados isolados, mas fazemos parte de algo maior, de um Corpo, de um exército que tem um Grande General invencível e cujas ordens devemos obedecer, Ele é o Senhor dos exércitos. O Senhor tem convocado, recrutado intercessores para estar em ordem de batalha, precisamos ouvir sua voz para executar as suas ordens e nos tornarmos vitoriosos nas batalhas.

Porém, temos encontrado intercessores feridos de guerra:

Dessa forma, a desobediência, a infidelidade e a imprudência têm sido as armas com que o inimigo tem aliciado muitos intercessores, ferindo-os e deixando-os fora da linha de combate, fora do ordenamento do Senhor.

Hoje o Senhor convoca os intercessores para estar em ordem de batalha, e isso significa estar a postos, alinhados para executar a Palavra do Senhor para podermos conquistar territórios espirituais e resgatar almas para Jesus.

Resumo das formações do Workshop da Intercessão-ENF2018

 

INTENÇÕES PERMANENTES

1.  Pela Santa Igreja, pelo Santo Padre, o Papa Francisco, pelos Bispos, pelos Sacerdotes, Diáconos, Religiosos (as) e pelos Seminaristas;

2.  Por todas as vocações, para que o chamado de Deus seja assumido com amor e fidelidade.

3.  Pelo ICCRS (Serviço Internacional da Renovação Carismática Católica) e seus membros;

4.  Pelo CONCCLAT (Conselho Católico Carismático Latino Americano) e seus membros;

5.  Pela Presidência do Conselho Nacional, Katia Roldi Zavaris e sua família, e todos os membros do Conselho Nacional;

6.  Pelas reuniões dos Conselhos Estaduais e Diocesanos;

7.  Por todos os Grupos de oração do Brasil;

8.  Por todos os Ministérios da RCC em nível nacional, estadual, diocesano e de Grupo de Oração;

9.  Pelas necessidades espirituais e financeiras dos escritórios diocesanos, estaduais e nacional da RCC;

10.  Pela casa de missão da RCCBRASIL no Marajó e pelos missionários e missionárias;

11.  Pela construção da Sede Nacional da RCC do Brasil e pelos seus colaboradores;

12.  Pelos eventos de evangelização da RCC no Brasil;

13.  Pela missão de Gilberto Gomes Barbosa à frente da Presidência Internacional da Fraternidade Católica – FRATER (Novas Comunidades);

14.  Pela missão de Aluísio Nóbrega à frente da Presidência Nacional da Fraternidade Católica;

15.  Pela situação política, econômica e moral em nosso País;

16.  Para que cesse a violência no Brasil e no mundo;

17.  Pela erradicação dos vírus causadores da Febre Amarela, Dengue, Zika e Chikungunya.

 

INTENÇÕES DESTE MÊS

Pelo II Encontro Nacional para Coordenadores Diocesanos nos dias 28 de abril a 01 de maio em São Paulo.

Pela Reunião da Equipe Nacional do Ministério Jovem nos dias 28 de abril a 01 de maio em São Paulo.