A transmissão da Semana Levanta-te, vai e anuncia-lhes da noite de ontem foi novamente conduzia mais uma vez, pela coordenadora nacional do Ministério de Comunicação Social, Winara Sales. Ela relembrou o conteúdo das duas primeiras lives que também tiveram como base o livro “Levanta-te, vai a Nínive e anuncia-lhes o que te ordeno” cujo conteúdo é a temática central deste evento online e que mais uma vez serviu de fio condutor.

Como já de costume, houve um momento de animação e louvor ministrado por Lucivan Assis, coordenador nacional do Ministério de Música e Artes. Logo após o convidado da noite, Klaus Newman, Presidente do Conselho da RCC Goiás e Assessor dos Projetos de Arrecadação da RCCBRASIL, explicou que partilharia sua reflexão em cima doscapítulos 3, 6 e 8 do livro estudado.

“O nome de Deus é a misericórdia”. 

Com o tema da noite definido, Klaus começou fazendo uma pergunta simples, que ele considerou como a grande pergunta da noite, “Quem é Deus pra você?”. Ele explicou que para cada indivíduo Deus pode ser definido de uma forma diferente.

– “Deus é um Salvador”

– “Deus é um Pai querido”

– “Deus é o Criador”

Em Efésios capítulo 2, versículo 4 e 5, a palavra diz assim: “mas Deus que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou enquanto estávamos mortos em consequência de nossos pecados deu-nos a vida juntamente com Cristo” essa é a definição do apóstolo Paulo, para ele Deus é rico em misericórdia.

Klaus trouxe ainda a definição do Papa Francisco para a pergunta sobre quem é Deus. O Santo Padre diz em seus diversos ensinamentos durante o seu pontificado que “em Jesus a misericórdia tornou-se viva, em Jesus a misericórdia tornou-se visível, em Jesus a misericórdia tornou-se palpável e ela passa a ter um nome. Deus é misericórdia. Esse é o primeiro atributo de Deus é o nome de Deus.”

Traçando um paralelo entre essas definições sob a perspectiva da vida de Jonas, profeta que inspira a concepção do livro “Levanta-te, vai a Nínive e anuncia-lhes o que ordeno”, Klaus disse que fica fácil de perceber que Jonas também vislumbra essa misericórdia de Deus, ainda que não consiga obedecer de maneira efetiva suas ordens.

Deus é justo, mas com compaixão

“Nosso Deus é um Deus que tem compaixão, um Deus que teve compaixão da cidade de Nínive, quando a poupou e perdoou seu povo.”

Segundo Klaus, essa compaixão causa até uma certa irritação em Jonas, pois ele acreditava que aquele povo pagão não merecia misericórdia, nem compaixão. Para ele Deus tinha que ser justo e realmente acabar com aquela cidade. “E nesse sentido aí que nos enganamos, a justiça de Deus não é como a nossa justiça humana, uma justiça, mas com a compaixão, com a misericórdia e o perdão”, disse o pregador. Ele explica de maneira muito simples fazendo uma analogia com o comportamento dos pais em relação aos filhos quando estes fazem alguma coisa errada. “Nós acolhemos, orientamos, indicamos o melhor caminho, damos uma exortação, pegamos pela mão e dizemos vamos juntos. Assim também é Deus conosco”, explicou.

O coordenador de Goiás disse que Jonas tanto sabia dessa misericórdia de Deus que vai dizer o seguinte no capítulo 4, versículo 2: “eu sabia que sois um Deus clemente, misericordioso, de coração grande, de muita benignidade e compaixão pelos nossos males. Agora Senhor, toma minha alma porque é melhor a morte do que a vida”. Ou seja, de acordo com Klaus, Jonas sabia da misericórdia de Deus, da compaixão de Deus, mesmo relutando contra ela. Compaixão não é apenas olhar a mazela do outro de longe sem julgamento. É envolver-se, é sofrer junto, é entender aquela situação que o irmão está passando para poder levantá-lo, para poder erguê-lo.

A misericórdia de Deus é feita com gestos, com carinho. Deus toca em cada um de nós, Deus vai ao encontro daqueles que precisam. Deus sofre com seus filhos, destacou Klaus.

Deus salva e perdoa as “Nínives” de hoje

O Tema levantado pelo, Presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Vinícius Simões, no capítulo 8 do livro, diz que Deus misericordioso não manda sofrimento para o povo, Deus não faz justiça pagando as pessoas que se comportam mal com o mal também. Deus não se comporta de acordo com a justiça humana. “Deus é misericordioso e quer salvar as Nínives de hoje, Deus quer salvar a sua cidade.” Com isso, Klaus relembrou as cidades do Brasil que estão passando por algum sofrimento com a certeza de que Deus terá misericórdia delas.

Refletindo sobre um trecho do livro, Klaus levantou uma questão pertinente: “Por que nós, assim como Jonas, muitas vezes nos esquecemos desse nome de Deus que é misericórdia?” E lembrou a resposta concreta dada pelo autor do livro no capítulo 3: “porque temos o rosto do Deus que adoramos.” Ou seja, se eu não entendo quem é Deus eu acabo adorando outros deuses, que muitas vezes sou eu refletido.

Olhando mais uma vez para a história de Jonas, e entendendo o contexto em que ele vivia, uma vida de segregação, é possível perceber que ele cria uma mentalidade de que Deus tinha que fazer justiça, Ele não poderia amar a qualquer um. Porque esse era o desejo do coração de Jonas, um homem justiceiro, legalista que achava que aqueles que estão errados têm que padecer e por isso acreditava que Deus também deveria ser assim. Dessa maneira fica fácil de perceber e entender a sua desobediência em se dirigir a Társis e não a Nínive como ordenou Deus no princípio. Para ele as pessoas daquela cidade não mereciam misericórdia.

Como podemos então participar dessa grande festa da misericórdia de Deus?

Klaus finalizou sua partilha da noite refletindo sobre o capítulo do livro em que o autor Vinícius traz uma lição muito importante. O capítulo 6 fala do chamado de Deus a uma conversão pessoal. Ou seja, aquele que quer participar dessa festa da misericórdia, aquele que quer adorar o verdadeiro Deus e não um reflexo do que se é, do que se pensa ou do que acha que precisa, assim como o profeta Jonas fazia, precisa atender verdadeiramente ao chamado de Deus para uma conversão pessoal.

Assista a live completa no nosso canal no Youtube

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