Katia Roldi Zavaris, presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL pregou o quinto tema do Encontro Nacional de Formação para Coordenadores e Ministérios 2019 (ENF), “até aqui nos ajudou o Senhor” (1Sm 7,12), que foi como um passeio pela história do Movimento e uma projeção do futuro, para onde o Espírito nos levará. 

A presidente iniciou a colocação com muita gratidão a Deus pelo derramamento do Espírito na vida dos carismáticos, desde agosto de 1969, quando a Corrente de Graça chegou em solo brasileiro, e em reconhecimento de que acontecimentos atuais são frutos dessa entrega de homens e mulheres até aqui, de forma especial, Pe. Eduardo Dougherty, presente no ENF. A partir de trechos do livro sobre os 50 anos da RCCBRASIL, “Pois a promessa é para vós”, Katia relatou o início do Movimento no país, em uma experiência de oração, em Campinas (SP), com cerca de 60 jovens, no dia da Festa da Assunção de Nossa Senhora.

Grupo de Oração, alma da RCC 

Katia atualizou o apelo do Padre Haroldo Hans, pioneiro da RCC no Brasil para que todos desejem uma vida na plenitude do Espírito Santo. Recordou, ainda, que “o Grupo de Oração é a alma da RCC”, e, segundo visualização que teve após uma comunhão, cada Grupo de Oração é como uma alta montanha, onde subimos toda semana para experimentar o amor de Deus, sermos curados, renovados com a graça de um novo pentecostes, e descemos como testemunhas da graça de Deus que é para todos, e com trombetas que anunciam a boa nova que é Jesus. Devido a essa missão foi enfática: “Não podemos fechar Grupos de Oração! Não podemos conduzir de qualquer maneira! Pois precisamos anunciar em alta voz que Jesus Cristo é o Senhor”. Motivou ao compromisso de dar de presente ao Senhor, neste Ano Jubilar, a criação de novos Grupos de Oração. “Fechar, jamais! Grupo de Oração é porta de entrada para o céu e as portas não podem fechar”, exortou.

Sem deixar de lado Maria, a presidente nos lembrou que Nossa Senhora é o coração da Igreja que vive carismaticamente, e é modelo do cristão carismático, pois esse é aquele que tem em sua vida Jesus como Senhor e salvador. Isso porque um dos elementos fundamentais da RCC é o renovado espírito mariano.

O que o Senhor quer de nós?

Exibida no telão do evento, todos leram juntos a profecia proclamada em julho pela Patti Gallagher Mansfield, uma das pioneiras da RCC no mundo, para ministros ordenados sobre o Brasil, país que tem o maior número de Grupos de Oração no mundo. Na profecia, o Senhor diz que o Brasil liderará o mundo. “Então temos que liderar na evangelização”, afirmou Katia. “O Senhor também pontua o que quer e nos promete que aumentará em muito o número de carismáticos, por graça sua e para a glória do Seu nome. O que o Senhor quer de nós nos tempos que virão?”, indagou. E continuou, “Quero que vocês espalhem o meu amor e proclamem que eu amo de forma incondicional cada filho meu”. 

Conforme dito por Dom Alberto Taveira, assessor eclesiástico do Conselho Nacional da RCCBRASIL, nós temos um ponto de partida pós jubilar, o amor de Deus, que nos sustenta, que faz com que as portas abertas do Movimento sejam edificadas na rocha. Completou Katia, “se Grupo de Oração é renovação do amor de Deus para levarmos aos outros e temos esse desafio, como farei isso? O Senhor te capacitará, vai te instruir não pela sua própria força, mas pela força do Espírito Santo” e passou a tarefa de perguntar a si mesmo todos os dias: “A quem eu revelarei o teu amor hoje, Senhor?”

Em seguida, apresentou alguns pontos do que deveremos fazer e como agir neste ano jubilar. Primeiramente, ter amor apaixonado por Jesus. E estar atento para o grande perigo de estarmos tão ocupados a ponto de esquecer o primeiro amor, a graça de Pentecostes, a experiência do amor de Deus. “É preciso fazer a manutenção desse amor. E quem vem em nosso auxílio é o Espírito Santo”, reforçou. Também é importante ter um amor apaixonado pela salvação das almas, como os grandes santos. Amor pela igreja com o amor que Cristo a ama, além de agradecer e interceder por ela todos os dias. Recordando a palavra que guiou o ano de 2018 em preparação para o Jubileu, “conversão sincera”, Katia falou da importância de agirmos com dignidade, integridade e santidade.

“Estamos entrando no novo tempo da RCC, e precisamos colocar na mala coisas que não agradam ao Senhor e jogá-las fora. O Senhor não dará integridade espiritual pra quem não se der inteiramente para a Ele. Pessoas de Deus não descuidam da sua integridade, e ela é caminho para a santidade”, aconselhou. A presidente nacional aproveitou para exortar que o nosso serviço seja para a glória de Deus e não para a nossa. Assim como é necessário “sair da etapa da emoção para a decisão, e nos arrependermos, pois o arrependimento apressa a ação de Deus em nós”, ressaltou. Por esse motivo temos o dever de fazer de tudo para agradar o nosso Senhor. 

Outro ponto é a unidade. “Precisamos caminhar na mesma direção. O Brasil só tem uma Renovação Carismática Católica, caminhar fora disso é tolice”, disse Katia em tom de correção, pedindo que não seja feita roda para criticar e murmurar, mas sim para rezar, adorar o Senhor. Outro compromisso  para este ano jubilar é viverem plenitude a vocação de ser Pentecostes no mundo, para que o mundo saiba e creia que Jesus Cristo é o Senhor. “Precisamos de mais que habilidades e talentos, mas da manifestação do poder de Deus. Nunca, nada sem o Espírito Santo!”, exclamou recordando que carismático não faz nada sem a unção do Espírito, e para a glória do nome de Deus, ser fios condutores da ação do Espírito Santo.

Concluindo a presidente disse, “proclamar mais e mais que Jesus Cristo é o Senhor”.  E usando das palavras de Dom Alberto Taveira reforçou, “ai da Renovação Carismática se não declarar o senhorio de Jesus na sua vida, ficar parada e não for fiel às suas raízes. Tudo o que somos e que fazemos é para que todo joelho se sobre e toda língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor. Para que o nome seja inscrito e proclamado no Brasil inteiro”.

Tudo é do Senhor 

Antes da pregação foram entregues ramos de trigo para os participantes, que ao fim, foram recolhidos pelos jovens como a colheita dos frutos desses 50 anos. Em seguida, foram depositadas aos pés da Cruz pelo Conselho Nacional.

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