Com o tema, “Revesti-vos da armadura de Deus”, o Encontro Nacional de Pregadores acontece no Centro de Eventos em Aparecida (SP), desde a sexta-feira de ontem. Acompanhe aqui como está sendo o evento neste sábado:

MANHÃ

O início do Encontro Nacional de Pregadores foi marcado por uma forte oração carismática, com louvor a Deus, clamor uns pelos outros e leitura da Palavra. Em seguida, a primeira pregação foi ministrada por Prof. Felipe Aquino.

Com o tema inspirado em I Tm 3,15, ele iniciou dizendo que a motivação do pregador deve ser salvar almas. “Jesus disse que há festa no céu por apenas um pecador que se converte. Talvez, você não tenha dinheiro para promover uma festa aqui na terra, mas você pode promover uma festa no céu por meio de sua pregação”, disse.

Professor Felipe Aquino também falou sobre a importância do conteúdo da pregação e chamou a atenção dos pregadores para que sempre façam seus roteiros baseados, primeiramente, na Bíblia, mas também utilizando o Catecismo da Igreja Católica que, segundo ele, é a “cartilha do pregador”.

Por fim, Prof. Felipe frisou que é indispensável que o pregador tenha uma vida de oração

“Ninguém vai ser um pregador segundo a vontade de Deus, se não rezar. (...) Antes de pregar, escute o Senhor, pergunte qual a palavra profética Ele quer dar para o povo.”

Prof. Felipe Aquino

Já a segunda pregação foi feita por Pe. Antônio José, da Arquidiocese do Rio de Janeiro. Refletindo sobre os atuais desafios dos pregadores diante a “mil coisas que o mundo e as pessoas exigem da gente”, ele ressaltou que o chamado dos pregadores da Renovação Carismática Católica é levar Jesus às pessoas.

Segundo o sacerdote, “ao final de uma pregação cristã, a pergunta que a pessoa tem que fazer não é ‘onde eu compro isso que ele falou’. Mas elas precisam querer um relacionamento com Jesus”.

Na conclusão de sua pregação, Pe. Antônio disse ainda que o “assunto do Espírito Santo é Jesus” e que, portanto, é Ele quem deve ser o assunto de toda pregação feita nos Grupos de Oração e em eventos da RCC.

TARDE

O período da tarde no Encontro de Pregadores teve início com a pregação do presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Vinícius Simões. Confirmando a moção das pregações anteriores, Vinícius ressaltou que os pregadores devem testemunhar o que vivem com Jesus, assim como fizeram os apóstolos que tiveram uma relação de amizade profunda com Jesus. Assim, ele questionou aos presentes: “Jesus envia amigos, Jesus não envia funcionários. Qual a temperatura da nossa amizade com Jesus hoje?“.

Vinícius destacou ainda que a força da pregação não está em palavras bonitas, mas que “a força da nossa evangelização está no tanto da nossa amizade e intimidade com Aquele que nos envia”. E citando a passagem tema da pregação (Mt 10,16), o presidente do Conselho Nacional ressaltou que Jesus envia ovelhas e não lobos. “Os apóstolos de Jesus precisam ter características de ovelhas e não de lobos. Coração e sentimentos de ovelha. Postura e caráter de ovelha”, afirmou.

Daí por diante, Vinícius ensinou sobre uma série de características das ovelhas demonstrando o porquê e como todos devem se comportar como ovelhas diante de Jesus. Para isso, ressaltou a importância de se deixar ser alcançado pelo Espírito Santo e concluiu: “Eu e você precisamos da unção do Espírito Santo, não semanalmente, mas diariamente”.

5 pedras para vencer o Golias da pregação

O período da tarde se encerrou com a fala de Leandro Rabello, coordenador nacional do Ministério de Pregação. Falando sobre o tema “A pregação é uma batalha”, ele iniciou explicando sobre o contexto das guerras na Bíblia. Segundo o pregador, um dos motivos para que o povo guerreasse no Antigo Testamento era a necessidade de defender as pastagens das ovelhas: “Nós pregamos porque queremos defender as pastagens das ovelhas. A palavra de Deus é a pastagem da qual as ovelhas que vão ao Grupo de Oração precisam se alimentar”.

Depois, o pregador passou a falar sobre a passagem de Davi e Golias, fazendo uma analogia aos desafios que os pregadores enfrentam em sua missão. Para ilustrar, Leandro propôs uma dinâmica em que cinco pessoas representavam o gigante, trazendo escrito em suas roupas cada um destes desafios. Em seguida, foram apresentadas cinco “pedras” que devem ser usadas pelos pregadores para combater essas situações:

Para combater a falta de chamado, ele recomendou o discernimento. Contra a falta de conversão, a busca pela santidade. Contra a falta de intimidade com Deus, a vida de oração. Contra a falta de conhecimento, a formação da Igreja e da RCC. Por fim, contra a falta de comunhão, a pedra certeira da unidade.

“A pregação é uma batalha porque a gente precisa ultrapassar esse Golias para chegar aos corações dos irmãos no Grupo de Oração”, concluiu Leandro.

NOITE
DISCÍPULOS COMO MARIA MADALENA

A Santa Missa deste sábado reuniu os participantes dos encontros de formadores e pregadores no Centro de Eventos. Presidida por Pe. Micael de Moraes, sjs, a celebração recordou a memória de Maria Madalena.

Em sua homilia, Pe. Micael salientou que Maria Madalena foi enviada para anunciar a notícia que deve ser o centro de qualquer pregação: “Jesus Cristo morto e ressuscitado”.

Referindo-se ao fato de Maria Madalena ser lembrada como a mulher pecadora, o sacerdote exclamou: “Como é consolador pra nós ter Maria Madalena como exemplo daquela que prega, anuncia e é verdadeira discípula”. E acrescentou que “para sermos aqueles que guiam alguém, precisamos ser discípulos como Maria Madalena foi”.

Pe. Micael ainda afirmou que o fracasso faz parte do caminho de formadores e pregadores, assim como Maria Madalena: “Temos que aprender dela a lidar com o fracasso. Ela estava aos pés da cruz, estava no túmulo para cuidar do corpo de Jesus. Ela foi verdadeiramente fiel ao Senhor. (…) E, na medida em que perdoados somos, nós conseguimos ir até os pés do Senhor”.

Voltar à intimidade com Deus

A última pregação da noite foi ministrada pelo Padre Eduardo José, com o tema “Voltai para mim e Eu vos darei a minha força”. Nesse sentido, ele disse que quando se preparava para a pregação, ouviu do Senhor: “Eu quero que meu povo experimente a força das minhas águas”.

Segundo o pregador, “com o olhar sedutor, Ele nos pega pela mão e nos faz voltar. Voltar para dentro de Si, porque tudo foi criado para fora, mas o homem foi criado para viver dentro da Trindade” e quando o pregador e o formador se voltam para a intimidade de Deus, “eles deixam de obedecer às ordens e passam a participar das decisões de Deus”, evidenciou.

Disse ainda que o pregador, assim como o formador, só repete aquilo que ouve do céu, mas que quando sai da intimidade de Deus, corre o risco de virar uma atração de circo em cima do palco porque deixa de falar da Palavra de Deus e passa a falar de si. “Nós somos servos da Palavra, não é a Palavra que está a nosso serviço”, repreendeu ele.

A noite terminou com um momento de escuta profética em que o Padre Eduardo convidou os membros dos Ministérios estaduais de cada região do país para se ajoelharem diante de Cristo e proclamarem as visualizações e moções inspiradas a eles por Deus.