A baixa temperatura trazida pela noite de Cachoeira Paulista (SP) não foi sentida no Centro de Evangelização Dom João Hipólito de Moraes. Os corações da família carismática estavam unidos em louvor e, portanto, aquecidos pelo Santo Espírito. Esse foi o encerramento da segunda noite da Festa do Jubileu de Ouro, com o Grupo de Oração Jubilar.

O momento foi conduzido pelo coordenador estadual da RCC Bahia, Frederico Mastroângelo Marques, pelo coordenador estadual da RCC Goiás, Vicente Gomes Machado, e pela coordenadora estadual da RCC de Pernambuco, Maria José da Silva, e embalado pelas vozes de Márcio Pacheco, Tiago Tomé e Raquel Carpejane. A confirmação da presença e amor de Deus no local e o sentimento de perdão tomaram conta do recinto.

O início da experiência refletiu todo o clima de Festa e desejo de um Novo Pentecostes. Entre gestos e o canto mais potente em gratidão ao Senhor, a assembleia entoou cantos como “A alegria” e “Vem, vem, vem, Espírito Santo”.

No entanto, o ponto alto foi a reconciliação com Deus. A música Renova-me não poderia ser mais propícia. Os irmãos carismáticos foram motivados a pedir por um novo coração e um recomeço de caminhada, rogando perdão pelos pecados cometidos. Vicente motivou o olhar para o interior e o reconhecimento das limitações. “Deus é misericórdia e amor, Ele está sempre disposto a acolher um coração arrependido”.

O coordenador, ainda, recebeu no coração a fala do Senhor: “sim, eu quero te perdoar. Eu só preciso que você abra o coração”. Dessa maneira, ele convidou cada participante a pedir perdão ao próprio modo, buscando o encontro com a misericórdia Divina. “Não queira sair daqui hoje sem experimentar o amor misericordioso”.

Ao final do momento, para selar a volta aos braços do Criador, Ele falou com Vicente por meio de duas imagens: a primeira, de correntes grossas cortadas caindo por terra, como um fardo sendo retirado das costas, da consciência. A segunda, o retorno do filho pródigo pelo caminho. O pai o via de longe e o recebia com um abraço. Nesse instante, o dirigente pediu que cada irmão escolhesse abraçar alguém, simbolizando a acolhida de remissão do Pai e a purificação do coração.

O momento de louvor e oração contou com agradecimento pelas obras do Espírito no Movimento, pela valorização da vida do próximo como obra maravilhosa das mãos Divinas e pelo clamor de renovação do batismo no Espírito.

 

altUma notícia muito boa para ser guardada só para si

A família carismática foi convidada a voltar à Duquesne junto à Patti Galagher Mansfield, uma das pioneiras da Renovação Carismática Católica no Mundo. Ao iniciar seu testemunho, homenageou uma vez mais padre Eduardo Dougherty sj, demonstrando gratidão por ser o primeiro a convidá-la a visitar o Brasil.

Ela, inclusive, mostrou todo seu entusiasmo em estar de volta ao país. “Eu sinto como se fôssemos parte um do outro. Eu viajo por vários países, mas, para mim, não há nada como o Brasil”.

A pioneira fez questão de pedir um coro de vozes que bradava “com Deus não há nada impossível”, em referência ao fato de que, quando convidada pelo padre Eduardo a visitar ao Brasil, achava que realizar este feito seria algo inviável.

Testemunhando sobre o início do Movimento, em 1967, relembrou a palavra profética que ela e o pequeno grupo que participava receberam em Indiana (EUA), mais precisamente na Universidade de Notre Dame. Na época, o doutor Kevin Ranaghan, um dos pioneiros da Renovação, proclamou: “fogo, fogo, fogo! De Norte a Sul, de Leste a Oeste!”.

Essas palavras indicavam a necessidade de que a graça do batismo no Espírito Santo tinha de “atravessar o oceano” e se espalhar a todos os cantos do mundo. Era preciso o compromisso de mostrar às outras pessoas o amor e disseminar o Santo Espírito como maior dom de Deus. “Nós temos uma notícia muito boa para guardar para nós”, disse a pregadora.

Ela partilhou que após o encontro em Duquesne, um dos professores presente alertou aos outros que não deveriam agir com orgulho, como se fossem superiores e santos, uma vez que foram os primeiros a experimentarem esse batismo. Mas, justamente por isso, deveriam sair em direção aos próximos, que ainda não se comprometeram, porque “os santos estão lá fora” e Deus tem um plano para eles.

Como exemplo, citou monsenhor Jonas Abib. Mencionou a pregação do sacerdote na tarde de quinta-feira (29), em que disse ser um padre comum, que fazia coisas comuns e não sabia orar. Porém, ao ser batizado no Espírito, mesmo não sentindo nada no momento, teve toda a vida mudada.

E hoje, embora ela seja uma das pioneiras no batismo, não tem a mesma visibilidade que ele. Porque Deus tinha um plano de que o monsenhor tocasse milhares de pessoas.

Apoiando-se em Efésios 2,10, confirmou seu testemunho: “vocês são uma obra de arte de Deus, criados em Cristo Jesus para uma boa obra que Deus preparou há muito tempo, para que vocês pudessem caminhar Nele”.

Patti, ainda, celebrou a amizade com a presidente do Conselho Nacional da RCC, Katia Roldi Zavaris. Partilhou a primeira viagem de ambas à Terra Santa e relembrou que Katia recebeu uma palavra de Nossa Senhora, enquanto visitavam Caná: “daqui para frente, você fará tudo o que eu disser que você faça ”. Pouco tempo depois, ela foi nomeada presidente do Conselho Nacional da RCC.

Por fim, a pregadora citou Romanos 4, afirmando que Deus faz concretas coisas que são abstratas. O Espírito Santo tem o poder de transformar algo em novo e isso poderia ser realidade na vida de cada pessoa presente na assembleia.

Para encerrar a experiência, Patti pediu que todos se ajoelhassem e invocassem o Santo Espírito orando o Veni Creator. Ela motivou os participantes a pedir que o Paráclito criasse algo novo nos corações, para que pudessem andar nas boas obras preparadas por Ele.

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