Durante duas semanas, o país de Uganda acolheu a Renovação Carismática Católica dos cinco continentes para um encontro mundial. O evento proporcionou um profundo avivamento, escuta de Deus e unidade do Movimento. Um grupo de brasileiros que esteve presente partilhará conosco durante as semanas seguintes como foi essa experiência.

Adriana Correia, de Sorriso/MT, testemunha como foi liderar um grupo de oito mulheres durante essa viagem marcada pela fé, unidade e esperança, e como passou a ver a Missão Uganda da RCCBRASIL. Leia:

“Dois grandes encontros o Senhor me permitiu viver nos últimos tempos: a JMJ Rio 2013 e o Encontro Mundial da Família Carismática, em Uganda. No primeiro, Deus expandiu o meu campo interior de fé, ao ver uma multidão de milhões de pessoas professando a mesma fé, numa ordem, num respeito, numa paz nunca vista antes. Pensei comigo: “é assim que o Senhor nos quer. Na nossa diversidade de carismas, denominações religiosas, predominou a Paz, a Esperança e, sobretudo, o amor. Foi lindo!”.

Lá na Jornada, o meu mundinho limitado foi testemunha ocular de que a Igreja é viva e é feita por cada um de nós. E no Mundial em Uganda não foi diferente. Mas desta vez foi sobre o Movimento ao qual eu fui chamada por Deus a estar e a servir, a Renovação Carismática Católica. Foi tudo muito diferente do que eu estava acostumada a ver. Fomos em um grupo de 8 mulheres, sendo elas sete do Mato Grosso e uma de Santa Catarina. Tive a oportunidade de liderar este grupo e desde aí, já comecei a perceber os sinais de Deus.

Desde os primeiros instantes em solo africano, pude perceber que Deus queria nos surpreender. Éramos mais de 50 nações reunidas vivendo a Cultura de Pentecostes. E observando as “diferenças”, percebi o quanto somos iguais. Incrível! Senti-me muito amada e acolhida por aquele povo e pensava, “este é o povo do Senhor”.

Numa visão um pouco mais específica, Uganda foi o melhor lugar que Deus poderia escolher para sediar este encontro. Ali há um povo simples, porém cheio de pureza, é contagiante a sua fé, a sua liberdade em amar a Deus. É claro que há muito que fazer e a se trabalhar naquele lugar! Mas, sinto em meu coração que esta estratégia de Deus, em escolher a África para disseminar e promover a Cultura de Pentecostes, já deu frutos e ainda dará muito mais. De fato, me senti cheia do Espírito Santo, como propunha a moção do encontro. Agradeço a Deus pela oportunidade de ter feito parte desta história.

MISSÃO UGANDA

altEm nossos encontros estaduais, aqui no Mato Grosso, desde o início se fala da Missão da RCCBRASIL em Uganda. Eu sempre achei um bonito trabalho, mas sempre foi algo muito longe da minha realidade e também da minha vontade. Nunca havia me imaginado naquele lugar. Mas aí, no início do ano, o convite para o Mundial, seguido de missão, chegou até mim. Às vezes, o Senhor tem caminhos que nem imaginamos… E eu disse sim! Eu fui a Uganda!

Durante nossas partilhas em grupo, eu sempre dizia que Deus nos levaria àquele lugar para falar de modo muito particular com cada um de nós e penso que foi o que aconteceu. Deus me separou, me chamou para me falar de modo muito particular. Vivi os dias mais intensos e marcantes da minha vida. Não tenho dúvidas, marcou a minha história!

Muitas coisas eu já imaginava como seria, em outras eu fui surpreendida. Primeiramente, foi uma honra para mim ter conhecido pessoas tão especiais como a Fabiany e a Rita, nossas missionárias brasileiras lá em Uganda. O exemplo, a fé, o testemunho delas, logo me impactaram. Meninas de Deus, autênticas. A partir delas, tudo começou a fazer sentido.

Nos primeiros dias, meu coração estava em conflito, pois eu via um povo padecendo lá na ponta e pensava comigo, “não adianta trabalhar com as crianças, é o adulto que está doente, é o adulto que não tem educação, é o adulto que contrai doenças, é o adulto que não tem trabalho…”. Mas, num contato mais próximo com as crianças de Uganda, minha visão mudou e enxerguei a esperança ao ver o trabalho que a RCCBRASIL está fazendo por lá. Jesus já chegou naquele lugar.

Percebi que é trabalhando a base, a criança, que o futuro pode ser transformado. Pode ser que os frutos não cheguem a 100% mas der um, já será um adulto diferente no futuro. Será um adulto que poderá fazer a diferença na vida de um povo inteiro. Crianças sendo educadas e especialmente sendo evangelizadas, é possível sim ter a esperança de um mundo melhor. E é o que a RCCBRASIL está fazendo por lá. De um em um, da base, do pouco, estão transformando o futuro das crianças ugandenses. Isso é lindo! Isso é céu!

Uma palavra define meu sentimento e a minha experiência na missão Uganda: ESPERANÇA!

Louvado seja Deus pela vida das nossas missionárias e pelo Projeto Kareebi da RCCBRASIL! Orgulhei-me muito de ser brasileira, católica, apostólica, romana e carismática!”.

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