A primeira pregação do Encontro Nacional de Formação 2017 (ENF),  foi realizada na manhã dessa quinta-feira (26), por Mary Healy (EUA) teóloga e membro da Comissão de Doutrina do ICCRS (Serviço para a Renovação Carismática Católica Internacional).

No início da pregação, foi partilhada a palavra que o Senhor revelou em oração a Mary, “pois vos digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes, e não o viram; e ouvir o que ouvis, e não o ouviram” (Lc 10,24). Diante disso, ela reforçou a importância do testemunho, como já havia dito Dom Alberto Taveira na missa de abertura do evento.

Em seguida relatou brevemente sobre sua conversão, que se deu em seu tempo de universitária, em um ambiente complicado, mas nessa mesma realidade foi convidada para participar de um seminário de Vida no Espírito Santo, onde recebeu seu batismo no Espírito. Depois participou de sua primeira experiência missionária em uma praia, muito semelhante a Missão Jesus no Litoral, do Ministério Jovem. E aos poucos os Senhor foi transformando cada vez mais sua vida.

A pregadora fez uma observação sobre porque o Senhor fez agora esse novo pentecostes para Igreja. Porque exatamente nesse momento da história houve esse derramamento abundante do Espírito Santo, pois hoje Ele é o “esquecido” da Santíssima Trindade, é deixado de lado por muitas pessoas. Muitos tem preferido caminhar na escuridão das trevas, não sabem que tem um pai que os ama. Por isso o Espírito Santo foi manifestado, Ele nos revela um Deus vivo e presente. Uma pessoa que podemos nos relacionar, que revela, ensina e manifesta os carismas, dons e milagres.

Segundo Mary, diante da compreensão dessa realidade, o Senhor envia cada um para a batalha, mas não sozinhos, e sim, repletos do poder do Espírito Santo. Pois Ele deseja trazer todas as pessoas de volta para a casa do Pai.

Também foi feita memória do início da RCC, da preparação feita pelo Senhor, através do Concílio Vaticano II, que preparava a Igreja para um novo Pentecostes. A pregadora reforçou a importância de trazer a unidade, fruto do Espírito Santo, e lembrou da influência dos protestantes no início da nova manifestação do Espírito Santo na Igreja, “Esta é a principal obra do Espírito, trazer a unidade para o corpo de Cristo”, destacou. Mary contou que era o desejo de dois professores universitários viverem uma fé mais profunda e madura que fez com que buscassem em um grupo protestante esse caminho. Participando de um retiro com esses irmãos, os dois professores receberam o Batismo no Espírito Santo. No momento do batismo, a líder do grupo disse: “não quero que ninguém imponha as mãos sobre os católicos, pois não quero que ninguém receba o crédito por essa grande graça que virá para a Igreja católica”. E no fim de semana seguinte os professores realizaram o retiro em Duquesne, que foi quase cancelado pela falta de água. Mas os jovens não se deram por vencidos e decidiram pedir a Deus água, no entanto a oração foi de agradecimento, “Senhor te louvamos pela água que mandaste”. Durante a noite um dos jovens resolveu ir para capela rezar e durante esse momento começou a orar diferente, o mesmo aconteceu com Patti Mansfield. Eles passaram a noite toda rezando e não se cassaram”, reforçou. Um dos jovens declarou, “agora nossa fé é viva! Aquilo em que cremos se tornou real”. E após essa graça muitas pessoas no mundo foram tocadas. E fez o convite, “agora chegou a hora de sermos enviados. O Senhor quer mostrar o que pode fazer em nós e por nós”, contou.

Para exemplificar o tema da pregação aos participantes Mary relatou o testemunho de um jovem que ao decidir tornar-se ateu também embarcou no vício das drogas. Um dia foi convidado para um retiro e se converteu. Esse jovem viu uma garota de cadeira de rodas e o Espírito Santo o impulsionou a falar com ela, apesar do medo e dos vários questionamentos ele foi dócil e se aproximou da jovem, ela contou um pouco de sua história que era repleta de traumas, tentativas de suicídio e depressão. Após ouvir a história ofereceu oração e sentiu que o Senhor queria curá-la, então pediu para que ela se levantasse da cadeira, “a fé assume riscos”, ressaltou Mary. Os pais da menina ficaram impressionados com aquilo. Mas vendo que a garota ainda tinha os joelhos tortos rezou novamente, e eles se endireitaram. “Aquela menina não só ouviu falar do amor de Deus, mas sentiu na pele. O senhor chama cada um para mostrar que é possível, que é um novo tempo, devemos mostrar que Jesus é real”, reforçou.

Também foi meditado a cura do paralítico em Cafarnaum (Marcos 2,1-12), que ensina que não podemos ficar em casa esperando que Jesus venha a nós, mas devemos correr até Jesus. “E se faltar a fé podemos pegar dos nossos amigos”, conclui a pregadora.

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