“Ninguém poderia nos dar um aconchego melhor do que o Senhor, um relacionamento ‘tão chegado’. Ele nos entende, como poderíamos deixar de lado essa intimidade com esse coração tão amoroso. Esse é nosso maior tesouro que ninguém pode roubar, o inimigo até tenta, mas nada pode nos afastar dessa Aliança nova, surpreendente e eterna.”

Fechando mais um dia intenso de muita unção por meio das orações, pregações e formações os carismáticos de todo Brasil que estão conectados sendo renovados e encharcados pelo Espírito Santo no Encontro Nacional de Formação 2021 de forma online participaram neste terceiro dia do ENF da Santa Missa presidida pelo Pe. Antonio José, diretor espiritual do Conselho Nacional da RCCBRASIL, na sede da Comunidade Canção Nova.

De modo muito especial, Pe. Antonio José apresentou no altar do Senhor cada servo e serva dos milhares de Grupos de Oração espalhados por todo o país e manifestou sua alegria de ser acolhido mais uma vez pela Comunidade Canção Nova. Motivou todos a colocarem no altar do Senhor seus corações e tudo o que há dentro dele, suas famílias, suas necessidades, seu Grupo de Oração, sua casa e tudo o que aperta os seus corações. Entregar tudo e todos.

O celebrante iniciou sua homilia abordando com muita unção o verdadeiro significado da palavra Aliança que aparece na Carta aos Hebreus, afirmando que essa palavra foi escrita como ouro e que representa o coração da Bíblia (Palavra de Deus) porque fala do desejo de Deus em ter essa Aliança conosco. Teologicamente, apresentando que esse tesouro era o que os mais velhos, o povo israelita, carregava em seus corações, em suas vidas era essa Aliança com Deus. Mas Deus ainda por meio dos profetas prometia uma Aliança melhor, mais profunda e isso acendia o desejo do povo em viver esse compromisso.

Essa Aliança melhor e profunda chega no amor derramado no altar, no lugar sagrado, na dor da cruz e do amor. O Senhor fez conosco, na cruz, uma nova Aliança, esse relacionamento de um Deus muito próximo, muito perto de nós. Ele se importa conosco, está atento aos detalhes. Um relacionamento comprometido entre duas pessoas que vivem uma mesma vida, um mesmo sonho, que entra na vida um do outro para ficar. O que é de um passa a ser do outro. Essa Aliança é como um casamento. Tudo o que era “seu” passou a ser “dele” ou “dela”. Um cônjuge que comunga das coisas lindas que você tem, mas também das fragilidades e das feridas. Aliança como um matrimônio.

O sacerdote exortou que infelizmente, vivemos num tempo em que essa aliança é quebrada, é traída, assim como, muitas outras coisas são rompidas, mas essa Aliança nunca será quebrada, nunca seremos decepcionados por ela, porque o que era de Deus agora é nosso, o que era nosso é DEle. Os fardos insuportáveis que carregamos das escolhas erradas, dos erros cometidos no passado, do nosso pecado que poderiam nos esmagar, Ele tomou para Ele. Nossa dor, Ele tomou, não tem sofrimento algum que não tenha passado por Ele primeiro, mas não há dor, nem morte que possa matar essa Aliança Dele para conosco. Jesus nos deu o Espírito Santo, nos deu a Deus como nosso Pai.

Ninguém poderia nos dar um aconchego melhor do que o Senhor, um relacionamento “tão chegado”, Ele nos entende, como poderíamos deixar de lado essa intimidade com esse coração tão amoroso? Esse é nosso maior tesouro que ninguém pode roubar, o inimigo até tenta, mas nada pode nos afastar dessa Aliança nova, surpreendente e eterna. Nada no mundo pode apagar a Palavra de Deus gravada no seu íntimo. Jesus estendeu sua mão na cruz para nós.“Voltemos para dentro, para o Pastor que não quer perder nenhuma ovelha, voltemos a ouvir sua voz, ouça, tenha intimidade só você e Ele”, exortou. 

Pe. Antonio trouxe também a temática sobre a virgindade fecunda de Maria que é rezada pela Igreja na oração do dia 1ª de janeiro na Solenidade de Maria, Mãe de Deus – Pela virgindade fecunda de Maria veio toda paz e a bênção. Ela nos trouxe a Salvação. Exortando que em cada um de nós deve haver um lugar de virgindade fecunda, mostrando que para o mundo se queremos viver as duas devemos abrir mão uma da outra, mas para o mundo sobrenatural, isso é possível. “Se você quer ser um servo, deve haver um lugar dentro de você para viver essa virgindade fecunda, esse lugar de intimidade com Deus”, ressaltou o celebrante.

O sacerdote aconselhou que é preciso ser fecundo, não deixando que a ansiedade domine nossa vida e nossas ações. “Ouçamos a voz do Senhor, comamos a Palavra, sejamos sensíveis ao Espírito Santo, vivamos essa Aliança, essa intimidade com Deus e veremos gerar muitas coisas boas em nós”, enfatizou.

Abordou também que esse tempo é um tempo de mártires que estão dando testemunhos lindos de fé, mesmo que tenham tirado seus sinais de fé (terços, cruzes, Bíblia) não deixaram que fosse tirado o que eles trazem dentro de si. Ninguém tira de você o seu tesouro, é o seu maior recurso, o que Deus faz com você e por meio de você.

“Talvez você não tenha recursos financeiros, já colaborou com instituições, mas agora não tenha mais recursos, não desanime, continue evangelizando, o seu recurso maior está dentro de você, não se deixe abater por isso, transborde, anuncie, use o que você tem. Você vai ver o bem que irá fazer às pessoas que estão ao seu lado”, motivou o Padre.

Essa Aliança é um trabalho de Deus em nossas almas. O mais importante não é o que estamos fazendo para o Senhor, mas o que Deus está fazendo em nós. Jesus diz: “Meu Pai é glorificado pelos frutos que vocês dão”. Não é a quantidade de coisas que fazemos, mas a intimidade que temos com Ele. Tenhamos cuidado com a agitação. Vida que transborda no Espírito faz toda a diferença.

No Evangelho, Jesus escolhe 12 discípulos. Poderíamos nos perguntar para quê 12? Para espalhar o Evangelho pelo mundo? A resposta será dois objetivos: 1ª) ficar com Ele e o 2º) anunciar o Evangelho, mas o prioritário é permanecer com Ele, porque só quem vive com Jesus e o vê perdoando, amando, curando ensinando, só quem ouve e vê pode transbordar Jesus pela boca, pelos olhos, pelas mãos, etc.

A Igreja não precisa de nosso barulho, nossa ansiedade, planos mirabolantes, mas que permaneçamos com Ele. Evangelizar não significa convencer, mas encher o mundo de Boas Notícias, do Evangelho, porque o mundo está vazio, se não fosse o escudo da fé para nos proteger, iríamos minando. Só quem tem a Aliança com Deus tem esperança e transborda o Evangelho.

No Antigo Testamento tem uma expressão: “A glória do Senhor encherá a nossa terra”, é uma expressão para falar sutilmente do Espírito Santo. Esse é o nosso desejo, porque infelizmente, nossa terra está cheia de tristeza, dor e luto. Essa é a nossa oração desta missa, o desejo de que a glória do Senhor encha a terra e comece pelo nosso coração.

Ao término de sua homilia, Pe. Antonio José motivou os carismáticos a ir pedindo ao Senhor que os tocasse, gravasse  a sua Aliança nos corações,  para que seja a maior riqueza, o bem mais precioso e para que não abramos mão dela neste mundo, que demos frutos todos que amamos.  Por fim, ainda aconselhou que a ansiedade não é o que Deus deseja para nós. “Que possamos receber Dele a alegria, a força para viver, que possamos ser a expressão de Jesus para cada pessoa que nos ver e nos ouvir. Mergulhemos nesta Aliança e recebemos o vigor”, concluiu.

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