“Tudo o que o povo de Deus na Antiga Aliança viveu foi para que pudéssemos aprender e viver com excelência nossa vida”, assim Pe. Antonio José da Arquidiocese do Rio de Janeiro iniciou a quinta pregação desse ENF 2023.

Segundo o pregador, “aliança” quer dizer “relacionamento” e, assim sendo, fazer parte da Nova e Eterna Aliança é fazer parte desse relacionamento com Deus. No entanto, o sacerdote destacou que, em todo início de uma relação, ambos os envolvidos precisam ir aprendendo a conviver e a se relacionar. “E no Antigo Testamento, Deus ensinou o povo de Israel a se relacionar com Ele, a aprender dEle, a compreendê-Lo”, explicou.

Em seguida, Pe. Antonio José fez uma aprofundada explanação sobre o rito, praticado no Antigo Testamento, para se oferecer sacrifícios no templo. Conforme disse o sacerdote, todo fogo aceso no Templo deveria ter como combustível azeite de oliva puro que, dentro do processo de fabricação, é o primeiro óleo tirado das azeitonas. Esse era o único combustível que, quando consumido pelo fogo, não gerava fumaça ou odor. Esse fogo era utilizado para acender as luzes do templo, a Menorá e também era colocado sobre a lenha do sacrifício.

Além disso, explicou o sacerdote que, segundo uma ordem de Deus, o fogo outrora aceso por Aarão não podia se apagar. Então, dia e noite era preciso mantê-lo aceso e o fogo que era usado no dia seguinte tinha que ser pego ainda das brasas do dia anterior. No entanto, esse fogo foi apagado por duas vezes: numa primeira vez em que o templo foi destruído e, noutra, quando o templo foi profanado.

Nessa segunda vez, após o povo de Deus retomar o templo, eles passaram a procurar se havia alguma ampola de azeite puro com a validação do sacerdote e encontraram um vasilhame. No entanto, essa quantidade era suficiente apenas para um dia dos ritos no Templo e levava oito dias para fazer um novo azeite puro. E, num milagre de Deus, o azeite de uma ampola durou por exatos oito dias.

Diante disso, Pe. Antonio correlacionou todos esses acontecimentos com os dias de hoje:

“Se você às vezes pensa que falta fogo na Renovação, (…) não falta fogo, não falta brasa para a Renovação Carismática. Mas Deus não aceita fogo estranho além daquele que Ele quer que seja usado. As brasas continuam precisando sair do sacrifício. Aquilo que Deus usa para acender o fogo de novo tem que ser brasas tiradas do altar do sacrifício, da crucificação, da rendição de si mesmo. Se tirarmos brasa de outro lugar, isso vai nos matar de vez”.

O sacerdote ainda recordou que nas duas vezes em que o fogo foi apagado é porque o Santuário foi invadido, e acrescentou: “Aqui dentro tem um Santuário onde vive a presença de Deus. O que apaga o fogo é quando o Santuário, o Templo é invadido. Se algo se apagou é porque nós nos descuidamos do Santuário, da nossa comunhão com Deus”.

“Carismático era conhecido como um povo que rezava demais. Hoje já não sei. Hoje se gosta muito da internet. Sai da internet, vai adorar a Deus. Pega sua bíblia e vai rezar!”, exortou o pregador que, em seguida, concluiu: “temor de Deus, sacrifício, rendição, esquecimento de si mesmo, vamos parar de lucrar com a glória de Deus! Só Jesus Cristo salva e batiza no Espírito Santo. Amém!”

Em seguida, foi conduzida uma oração de contrição e, diante de Jesus Crucificado, foi pedido que o Senhor dê à Família Carismática seu “óleo novo”, o “azeite puro” que jorra da Cruz de Jesus, combustível necessário para que o fogo não se apague.

Concluindo a tarde de oração do ENF 2023, foi apresentado um teatro que representou as passagens narradas por Pe. Antonio José, simbolizando a busca do povo de Deus pelo Fogo Sagrado.  

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