“Sabendo que todos são batizados e pelo Batismo se tornaram filhos de Deus, que tal essa saudação: Prezados Jesuizinhos e Jesuizinhas!” Com essa saudação tão carinhosa, o Arcebispo emérito de Londrina, Dom Albano Cavallin iniciou a Santa Missa na noite desta sexta-feira (29), no Centro de Eventos em Aparecida (SP).
Na celebração, marcada pelos aplausos de entusiasmo dos participantes, o bispo falou do diálogo entre RCC a hierarquia, para isso, usou de uma dinâmica na qual apresentava os documentos como remédio (cartas papais, Catecismo da Igreja Católica, etc), e disse que os participantes do ENF também tinham uma bagagem para usar, referindo-se aos materiais formativos do Movimento.
Dom Albano contou sua experiência na caminhada, “tive a graça de ver o início da RCC no Brasil que, como falava no Evangelho de hoje, era como um grão de mostarda e hoje é uma árvore frondosa com milhares de Grupos”, contou o bispo.
Na dinâmica, o bispo convidou ainda um amigo jornalista para entrevistá-lo. Entre as perguntas, algumas questões para levar como aprendizado do ENF, o Dom Albano fez três sugestões: uma Igreja “Hospital de Campanha”, uma Igreja do protagonismo dos leigos, e uma Igreja pobre para os pobres.
Dom Albano falou ainda sobre o uso dos carismas e presença do Espírito, ele disse que a Renovação Carismática trouxe um novo tempo na Igreja. “Tomemos consciência sobre o que fala um historiador: ‘Na Igreja do Ocidente o Espírito Santo dava a impressão que estava em férias e aposentado no INSS’. A RCC nesses 50 anos redescobriu a identidade, a missão, os carismas e os frutos do Espírito Santo na vida da Igreja. Além da teologia, a RCC cultivou a experiência do Espírito Santo na vida da Igreja”, disse o bispo.
Sobre os problemas do país, o bispo citou que a Igreja deve ser como um “Hospital de Campanha” (sistema de tratamento de saúde dos militares feridos em zona de combate). “Igreja sempre em luta contra as forças do maligno, hoje o Brasil é um doente espiritual, suas doenças crônicas são bem conhecidas”, dizia o bispo sobre a corrupção, ódio, vingança, entre outros problemas atuais.
Como remédio para essas doenças, o bispo apresentou opções oferecidas pela Igreja, e que “a RCC vai fabricar”, como o santo terço, que segundo o bispo conta com 50 comprimidos, referindo-se às Ave-Marias. Anticorruptil, Honestidadeli e Esperanzol, foram os remédios propostos para Brasil, fazendo referência à corrupção, honestidade e esperança.
O Bispo ainda disse sobre o amor que ele tem pelo Movimento: “Eu louvo e agradeço a Deus pelo presente dos Grupos de Oração da RCC. Eu os amo no Senhor! Respeito e exijo que respeitem seu papel insubstituível na Igreja”, comentou o Dom Albano.
Ao final da homilia, Dom Albano convidou a Presidente do Conselho Nacional, Katia Roldi Zavaris, para fazer uma oração pela nação brasileira “acreditemos que a salvação do Brasil saia das igrejas e não só do Planalto Central”, disse o bispo. E para encerrar, Dom Albano lavou a bandeira do Brasil, em um gesto profético, e muito emocionante, enquanto Katia Zavaris e os milhares de carismáticos reunidos no ENF oravam pelo país.
No fim da celebração, Katia Roldi agradeceu aos bispos presentes e ao Pe. Eduardo Dougherty, um dos precursores da Renovação Carismática no Brasil, que na ocasião celebra o seu aniversário. “O Senhor hoje nos trouxe a certeza que ser católico é uma alegria, é uma benção de Deus”, encerrou a Presidente do Conselho. Por fim, Dom Sósthenes Matjei profeticamente proclamou sobre a RCC do Brasil “Está nascendo um povo novo. Muito mais do que a bandeira, eu lavei cada um de vocês. Lavei no fogo do Espírito Santo para que cada um de vocês seja uma nova semente, pelo novo Brasil. ”, profetizou o bispo de Obala- Camarões.