Somos parte integrante de uma igreja que é “Una e trina” por isso, buscamos cada vez mais gerar comunhão com tudo o que ela nos apresenta como itinerário de fé e santificação. A exemplo do que aconteceu no mês de agosto, em que celebramos todos juntos a Semana Nacional da Família, damos mais um importante passo nessa comunhão, vivenciando a Semana Nacional da Vida, com início em 1º de outubro e encerramento no dia 08 com a celebração do Dia do Nascituro, oportunidade em que lançamos luz sobre a importância dos que ainda não chegaram, mas já foram gerados no coração de Deus e por consequência no ventre de uma mãe.

O tema para este ano é “Adoção, amor com laços do coração”. Todos somos filhos e filhas adotivos de um Deus que é Pai e enviou seu próprio filho para provar seu amor por nós. Vemos, também, muitas famílias que adotam filhos e filhas para compartilhar com eles o seu amor, seu afeto, e sua fé.

A adoção é um presente generoso que Deus plantou no coração de famílias que acolheram em suas vidas outras vidas e compartilharam seus corações. É Deus que inspira esse amor generoso. É Deus que impulsiona adoção como sinal de seu amor presente no meio de nós.

A adoção na Bíblia

A adoção não faz parte da vida moderna, vem desde a antiguidade. Na Bíblia, no livro do Êxodo, temos a história de Moisés, que foi adotado pela filha do Faraó, sendo criado como filho (Ex 2, 1 – 10). No livro de Ester, conta a história de uma linda menina, que, após a morte dos seus pais, foi adotada pelo seu primo (Est 2, 5 – 8). Dentre os vários exemplos bíblicos de adoção, nenhum é tão significativo como o do Próprio Cristo.

“Mas, no que lhe veio esse pensamento, apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor que lhe disse: ‘José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, como tua esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito Santo’ (Mt 1,20).

Diante deste texto bíblico do evangelho de São Mateus, temos uma constatação de como São José adotou Jesus como filho, sabendo que a gestação de Maria se dava por obra do Espírito Santo, ele tornou-se pai adotivo de Jesus. Isso dá uma demonstração de quanto Deus valoriza essa capacidade, de ser pai e mãe de alguém que você não gera. A exemplo de São José, precisamos, também nós, incentivar outros homens e mulheres de fé a acolherem jovens e adolescentes que precisam de um lar, de convivência familiar.

Uma família que adota é uma família aberta à vida, porque no seu íntimo há a clareza que pode realizar o Projeto de Deus sobre o seu matrimônio, pois vai alargando os vínculos para além da carne e do sangue e revela a fecundidade do amor, enriquecendo a Família e dando o direito de nascer e ser amado a um ser humano filho de Deus.

Na Semana Nacional da Vida, nós da Renovação Carismática Católica queremos juntamente com a nossa Igreja promover, defender e cuidar para que o tema da adoção seja cada vez mais valorizado e salvaguardado como um grande tesouro espiritual para aqueles que desejam abrir suas famílias a tantas crianças e jovens que aguardam um lar. Queremos fazer ecoar no Brasil este lindo tesouro que é a “adoção”, isto é, um amor partilhado entre nós, que ultrapassa laços sanguíneos e nos torna participantes de um amor ainda maior, em que todos somos e nos sentimos filhos e filhas de Deus.

É uma semana em que também lançamos luz sobre a importância da vida do nascituro, defendendo o direito de nascer. Deus dá o sopro da vida e só ele nos pode tirar, é nosso papel defender e lutar pelo direito dos que ainda não tem voz para se defender e querem apenas que respeitem o seu direito de “nascer”.

 

Josemar Araújo e Noélia Paixão

Coordenadores Ministério para as Família

G. O. Fé e Vida no Senhor – Vila Velha