Em 2020, o verbo de ordem para o Movimento é RESGATAR. Essa direção é dada pelo presidente do Conselho Nacional da RCCBRASIL, Vinícius Simões. Resgatar a nossa história é voltar a nascente da nossa Identidade, de quem somos, de como somos chamados a viver.

Durante os dias 17, 18 e 19 de fevereiro todos os carismáticos tem uma grande oportunidade de viver essa orientação. Foram nestes dias, no ano de 1967, que um grupo de jovens viveu uma profunda experiência com o Espírito Santo, onde nascia a Renovação Carismática Católica.

Hoje, faremos uma viagem no tempo, revivendo pelas palavras de David Mangan a experiência do Fim de Semana em Duquesne.

 

Preparação

Eu fiz as leituras que foram pedidas dos Atos dos Apóstolos e também do livro A Cruz e o Punhal, de David Wilkerson, mas tenho que ser sincero. Embora o livro A Cruz e o Punhal tivesse muitas referências ao Batismo no Espírito Santo e aos dons espirituais, depois da leitura eu ainda não tinha ideia o que era falar em línguas.


O Espírito Santo

Tivemos quatro pregações durante o retiro, cada uma sobre um dos quatro primeiros capítulos dos Atos dos Apóstolos […] Aprendi muito nessa pregação, mas a coisa da qual eu me lembro claramente foi o comentário que o pregador fez sobre Atos 1, 8: “Mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força”. Ele se referiu à palavra grega “poder” como sendo a mesma que usaríamos em inglês para “dynamite”. Em outras palavras, a “dinamite” do Espírito Santo viria sobre nós. Isto é o que ele estava dizendo. Dinamite! Nossa, eu amava a Deus e tentava amar os outros, mas eu dificilmente poderia caracterizar minha vida como “dinamite”. Novamente cheguei à conclusão que o problema deveria ser comigo. Tenho certeza que Deus estava fazendo a sua parte […]Depois da pregação sobre Atos 2, tivemos grupos de partilha e eu entrei no meu grupo de partilha tentando descobrir porque eu não tinha “dinamite”. Eu ainda estava focado nesta ideia de “dinamite” quando cheguei à uma conclusão. Eu pensei que, como Católico, eu recebi o Espírito Santo no Sacramento da Crisma. Sendo a minha educação na área de Física e Matemática, eu tinha uma tendência de ser bastante analítico. Eu sabia que para um Sacramento operar, há três fatores. 1) Precisa ser um Sacramento válido. 2) Deve ser ministrado por um ministro legítimo. 3) Deve ser recebido com fé. Este último fator parecia ser o problema… eu, minha falta de fé expectante. Eu pensei que devia ser por isso que eu não tinha “dinamite”.

 

Providência Divina

A bomba de água da casa havia quebrado; não havia água. Ele nos pediu para ir à capela e rezar. Isto era uma coisa perigosa para mim. Embora eu rezasse muito, acho que eu nunca havia rezado antes por algo específico, por algo que eu precisasse de uma resposta imediata. Eu poderia orar pela conversão da Rússia. Isto seria fácil. Você não precisaria encarar o fato de que poderia não acontecer amanhã. Você pode ser paciente com estes tipos de oração. Mas este era o tipo de oração que é “agora” ou “nunca”, em termos da resposta. Alguns de nós se reuniram na capela e estávamos rezando para resolver o problema da água quando eu tive uma experiência interessante. Eu comecei a agradecer a Deus pela resposta! Ninguém nunca me havia falado sobre isso, teologicamente falando. Esse ensinamento veio mais tarde na Renovação Carismática. Eu simplesmente tive esta convicção interior de que a nossa oração havia sido respondida.

Quando eu comecei a pensar sobre isso, pensei como era estranho eu estar tão convencido. Depois que terminamos de rezar, eu tinha tanta certeza de que a água estava lá, que eu corri para a cozinha e abri a torneira. E a água começou a jorrar com mais força do que nunca antes. Depois do Fim de Semana de Duquesne, fui informado que, enquanto nós estávamos rezando, um encanador apareceu e consertou o problema. No entanto, quando estávamos indo para a oração, havíamos sido informados de que o encanador não poderia vir antes da segunda-feira. O fato da água estar lá, depois de nossa oração, causou obviamente uma grande impressão em mim. Quando eu vi a água jorrando, fiz algo que eu nunca havia feito antes. Eu decidi que precisava dar graças. Minha Ação de Graças deveria ser tão alta quanto os meus gemidos.

 

O louvor que brota do Espírito

Voltei para a capela e dei graças ao Senhor pelo que Elefez. Quando entrei a capela, era como andar dentro de uma parede de tijolos. Eu havia estado lá pouco tempo antes e não havia sentido a presença de Deus de uma forma incomum. Mas quando eu abri a porta, desta vez, havia algo significativamente diferente. Até hoje, eu não sei como fui parar no chão, mas fui. Não sei o quanto fui eu a prostrar-me diante do Senhor, ou o Senhor a prostrar-me em sua presença. A única coisa que posso dizer é que a presença de Deus era tão poderosa e manifesta, que o único lugar sensato para estar era diante de Sua face, e lá eu estava. Para um matemático calmo, quieto e reservado, eu estava tendo uma experiência selvagem. Você podia cortar a presença de Deus com uma faca, de tão concreta que era. Eu não tinha palavras, não tinha nenhuma teologia, tudo o que eu podia dizer era “Isto é DINAMITE! É isso”!

—————–

alt

Leia mais testemunhos do Fim de Semana de Duquesne adquirindo o Livro “Como em um Novo Pentecostes”, de Patti Mansfield Gallagher.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.