O workshop do Ministério de Oração por Cura e Libertação foi aberto com um momento mariano, oração do terço e consagração de cada Estado da Federação à Virgem Maria. As cores da bandeira brasileira foram sendo destacadas, com uma profecia de Água Viva lavando e encharcando todo o país. Logo após o terço, iniciou-se um momento de oração de acolhida e abertura de coração, culminando com a Efusão do Espírito Santo.

Em seguida, Marizete Martins Nunes do Nascimento, coordenadora nacional do MOCL/RCCBRASIL, conduziu a primeira pregação, enfocando as ‘Três Unções recebidas no Batismo’.Ela explicou que “os batizados se tornaram ‘pedras vivas’ para a edificação de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo. (1 Pe2, 5). Pelo Batismo, participam no sacerdócio de Cristo, na sua missão profética e real, são raça eleita, sacerdócio de reis, nação santa, povo que Deus tornou seu, para anunciar os louvores d’Aquele que os chamou das trevas à sua luz admirável (1 Pe2, 9). O Batismo confere a participação no sacerdócio comum dos fiéis. Jesus Cristo é Aquele que o Pai ungiu com o Espírito Santo e constituiu “sacerdote, profeta e rei”. Todo o povo de Deus participa destas três funções de Cristo, com as responsabilidades de missão e de serviço que delas resultam”. (Catec. § 1268).

SACERDOTE– A unção Sacerdotal – SANTIFICAREsse povo tem, portanto, uma vocação sacerdotal. Cada batizado é chamado a participar do mesmo sacerdócio de Cristo. Ele é verdadeiramente o Pontífice (ponte), “o único mediador entre Deus e os homens” (1 Tm 2,5); mas, pela nossa inserção Nele, no Seu Corpo, pela Igreja e pelo Batismo, Ele fez do novo povo “um reino de sacerdotes”.

Você, enquanto povo de Deus, se torna um sacerdote, quando você durante o seu dia oferece orações a Deus, quando você ao passar por um determinado sacrifício no seu dia, não esmorece e ao contrário, entregue aquele sacrifício ao Senhor e quando você resiste a uma tentação e permanece distante do pecado, ofertando aquela luta interior ao Senhor como ato do seu amor.

PROFETA – A unção Profética – EVANGELIZARPelos dons do Espírito Santo, cada um exerce o seu serviço para a edificação da Igreja e construção do Reino de Deus. São Paulo ensina que o Espírito Santo ‘‘distribui a cada um, como quer”, os seus dons (1 Cor 12,11) e que “a cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum”( 1 Cor 12,7). Todos os cristãos são chamados, sem exceção, a exercer no Corpo de Cristo uma missão profética e missionária pela ação do Espírito.

REI – UNÇÃO REAL – SERVIR – Para ser rei com Cristo é necessário ser servo. Simplesmente isso! Cristo é Rei e Senhor do universo, mas o Seu Reino ‘‘não é deste mundo’‘ (Jo 19,36). Jesus repetiu isso a Pilatos duas vezes. O reinado de Cristo neste mundo, consistiu em servir. “Eu não vim para ser servido, mas para servir e dar a minha vida em resgate de muitos” (Mt 20,28). Desde então, a Igreja aprendeu com o seu Mestre que “reinar é servir”, como ensina a “Lumen Gentium” (LG, 36).

Quem nos unge é o rei dos reis e Senhor dos Senhores. Assim como em Davi, a unção de Deus se renova sempre em nossas vidas para nos ensinar a enfrentar os obstáculos e fortalecer para o crescimento de sua obra.

Após a pregação, houve um momento de Adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzido com muita brandura e serenidade, com vários testemunhos de curas e libertações.

Diante da realidade que se vive hoje no mundo, ouvimos o testemunho da médica ginecologista e obstetraChristiane Gonçalves, que também coordena o ministério na RCC do Amapá. Ela abordou sobre as várias mudanças no comportamento, sexual, físico e psicológico das pessoas. O que chama a atenção, segundo ela, é o comportamento liberal da mulher, do escolher ou não a gravidez.

Uma situação que deve ser observada é que como a modificação genética está sendo muito facilitada, hoje, é comum manipular geneticamente a gestação. Ela também falou sobre questões relacionadas ao congelamento de óvulos, doação de espermatozoides, doação de óvulo, inseminação artificial e fertilização in vitro.

A médica lembrou ainda que cada vez mais se torna comum que casais do mesmo sexo queiram ter filhos. Nestas situações é importante questionar como fica a questão de onde eu vim, qual meu histórico, quem eu sou? São questionamentos que no futuro podem gerar confusões e dúvidas sobre a linhagem e problemas genéticos já que essa pessoa será fruto de um óvulo ou espermatozóide doador. Christiane ainda alertou sobre o mercado de inseminação artificial existente nas redes sociais.

Outro fator importante a ser abordado é a questão dos transgêneros, ou seja, pessoas que nascem com uma genética masculina ou feminina, mas que não se identificam no seu comportamento e na sua sexualidade com aquilo que são essencialmente. De acordo com esta ideologia, se nasce uma mulher com genitália feminina, mas se comporta como homem, ela tem direito de mudar seus traços externos para o sexo masculino, toma hormônios, fenotipicamente você olha para a pessoa é um homem, porém os órgãos são femininos, tem útero, ovários etc.

Para os que defendem a Ideologia de gênero, estas pessoas têm o direito de mudar sua aparência, mulher com a aparência masculina e homem com aparência feminina. No caso da mulher, mesmo com aparência masculina, tem os órgãos femininos, podendo gestar normalmente. Infelizmente, os médicos já estão vendo essas realidades nos consultórios, figuras de mulheres com aparência masculina, porém grávidas, causando estranheza, tendo que fazer exames ginecológicos completos, sendo fenotipicamente um homem.

A maioria destas pessoas tem problemas de aceitação pessoal, sentimentos de autocrítica com elas mesmas, foram rejeitadas pelos pais ou são rejeitadas pela sociedade devido ao seu comportamento.Estudos mostram o aumento do número de suicídio entre eles, homicídios e baixa expectativa de vida, que no Brasil é de 70 a 72, para eles 35. A partilha foi encerrada com oração e pedido de perdão da médica em nome de toda classe, pela falta de acolhimento, negligências, julgamentos ou erros por parte desses profissionais. 

 

Pregação: Desconfiguração dos filhos de Deus

Esse foi o tema da segunda pregação do workshop, conduzida pelo padre Pedro Paulo Alexandre, sacerdote exorcista, da Arquidiocese de Florianópolis/SC. Ele começou enfocando o Papa Francisco quando diz que em Gn3, está narrada a primeira fakenews (notícia falsa). Eva foi enganada ao acreditar na mentira contada pelo Diabo.

Na doutrina da Igreja Católica há três princípios que são inegociáveis [cf. Papa Bento XVI no Congresso do Partido Popular Europeu, em 2006]:

1)respeito da vida humana: desde a sua concepção até a morte natural;

2)matrimônio natural: entre homem e mulher aberto à procriação, único e indissolúvel;

3)educação como direito dos pais: liberdade dos pais educarem seus filhos.

Estas três realidades batem de frente com outras três realidades que infelizmente tem crescido em nosso meio e precisam ser combatidas: a ideologia de gênero, o aborto e a eutanásia:

Ideologia de Gênero – Teóricos afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir sua própria identidade, isto é, seu gênero, ao longo da vida.

Um dos exemplos do resultado desastroso desta ideologia é um fato ocorrido em 1965na cidade de Winnipeg, Manitoba, no Canadá. Existem vários documentários relatando o caso do menino Bruce que perdeu o órgão genital em um acidente e foi criado desde bebê como uma menina. Após sofrer durante toda sua vida, conforme narrado com mais detalhes no link abaixo, ele cometeu suicídio aos 38 anos. Este fato serve de advertência do que pode acontecer quando ideólogos e cientistas se apaixonam por uma bela teoria e ignoram os fatos, a realidade e a natureza: http://cleofas.com.br/ideologia-de-genero-revolucao-semantica-e-a-experiencia-estilo-auschwitz-de-john-money/(Acesso em 31/01/2018)

O livro Agenda de Gênero mostra como se deu a inserção do termo ”Gênero” na conferência de Pequim. A influência de John William Money (1921-2006) foi decisiva para a criação da teoria da identidade de gênero. Ele foi um psicólogo da Jonhs Hopkins University de Baltimore, sexologista e autor de livros, especializado em pesquisas sobre identidade sexual e mudança de sexo. Ele acreditava que não era tanto a biologia que determinava se somos homens ou mulheres, mas a maneira como somos criados, e já a partir da década de 60 tinha pretendido demonstrar que a sexualidade depende mais da educação do que dos genes.

Há várias instituições com o objetivo de ajudar pessoas que sofrem com tendências homossexuais. Entre estas instituições está o Apostolado Courage.

Aborto – Deus nos vê e nos conhece desde a concepção. A vida começa na concepção. Esta não é somente uma definição da Igreja. Há dados científicos que comprovam esta realidade através do estudo da embriologia. O embrião não é o prolongamento do corpo da mulher. Ele é ativo e não passivo. A diferença entre uma pessoa e um óvulo fecundado é o tempo e a nutrição.

É preciso nos conscientizarmos de que um aborto é um assassinato. Um alerta importante em nosso tempo, é em relação aos métodos contraceptivos. Os anticoncepcionais à disposição no mercado, além de impedirem a fecundação, também provocam ‘abortos ocultos’.

Podemos encontrar uma orientação sobre esta realidade no vídeo Abortos ocultos: https://padrepauloricardo.org/episodios/abortos-ocultos (Acesso em 01/02/2018).

Como lidar com situações de crianças abortadas?

1-Evangelizar as mães e acompanhá-las.

2-Confiar à misericórdia de Deus a vida dessas crianças.

3-Dar nome e orar pelas crianças abortadas.

Eutanásia – Esta prática traz em si a malícia própria do suicídio e do homicídio. O Papa São João Paulo II alerta sobre esta realidade em sua Encíclica Evangelium Vitae:“Por eutanásia, em sentido verdadeiro e próprio, deve-se entender uma ação ou uma omissão que, por sua natureza e nas intenções, provoca a morte com o objetivo de eliminar o sofrimento. […] A eutanásia comporta, segundo as circunstâncias, a malícia própria do suicídio ou do homicídio”(Evangelium Vitae, 65).

Precisamos conhecer as artimanhas da Ideologia de Gênero que se dissemina, também, a cultura de morte, para que possamos resgatar os filhos de Deus, vítimas dessas ideologias e culturas espalhadas pelo Mal no mundo.

Logo após o ensino, padre Pedro Paulo ministrou uma Oração de Renúncia, seguida de Oração de Libertação, orientada pela Santa Madre Igreja.

 

Pregação: Configurar-nos a Cristo pelo amor

 

A terceira pregação foi feita pelo padreAntônio José, da Arquidiocese do Rio de Janeiro/RJ. Segundo ele explicou, aceitar ser corrigido é um grande bem. A Bíblia nos ensina no livro de Provérbios, capítulo 12, que aquele que ama a correção ama a ciência, mas o que detesta a repreensão é um insensato. Somos objetos da atenção e preocupação de Jesus. Ele nos corrige, porém, sua correção é uma demonstração do seu amor e cuidado para conosco.

Muitas vezes, estamos tão envolvidos na obra do Senhor, no que fazemos para ele, que corremos o risco de não percebermos o que Ele deseja realizar em nós. O Espírito Santo é o executor dos sonhos que Deus tem para nós. Ele quer moldar Jesus em nós. A cruz e as dificuldades que enfrentamos a cada dia são os instrumentos que o Espírito Santo utiliza para retirar os excessos de nossas vidas, ou seja, para arrancar tudo aquilo que nos afasta de Deus. Nenhuma cruz que vivenciamos e nenhum sofrimento se perdem quando nos deixamos moldar pelo Espírito Santo.

Jesus não conta com pessoas infalíveis, mas com aqueles que o amam profundamente. Um exemplo importante é a atitude que o Senhor teve em relação a Pedro e os demais apóstolos. Aquele que é Deus conosco foi deixado sozinho por seus discípulos. Entretanto, após Sua ressurreição, Jesus quis continuar contando com eles.

As pessoas tinham medo dos doutores da lei e fariseus, porém se jogavam em Jesus. Reconheciam seu amor e o amavam. Se realmente temos um amor grande por Jesus precisamos demonstrar esse amor.

É importante compreendermos que existem vários gêneros de morte:

1-Morte corporal (física)

2-Morte espiritual – Causada pelo pecado

3-O terceiro tipo de morte é deixar-se moldar pela cruz de cada dia. É o que diz a Palavra de Deus em Mateus, capítulo 16, versículo 24: “Em seguida, Jesus disse a seus discípulos: Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

A morte que glorifica a Deus é a que ocorre quando morremos para nós mesmos. Saber abrir mão de si mesmo, renunciar o orgulho, glorifica a Deus. Em muitas situações, sofrer calado significará morrer. Há pessoas difíceis de amar, mexem com o nosso orgulho. Ao contrário do que muitas vezes pensamos, estas pessoas são presentes de Deus para nós, pois nos mostram que ainda temos que morrer em alguma coisa.

São Paulo fala da importância de combatermos o bom combate. O principal combate é conosco mesmo, mente e sentimentos. Quando combatemos contra o mal em nós cooperamos com o Espírito Santo.

A Escritura diz que o mundo espera a manifestação dos filhos de Deus. Todos os servos, cada qual em seu ministério, derrama o amor de Deus de maneira específica. Os servos do Ministério de Oração derramam o amor que cura. Ajudamos uns aos outros para que haja um Pentecostes de amor na vida da pessoa. O que não pode faltar é o amor. O amor nos faz vigiar para não ferir ao outro. São Paulo em sua carta aos Coríntios nos descreve o amor verdadeiro.

Em I Cor 13, 1-8a palavra caridade deve ser entendida como amor. São Paulo não está se referindo a um amor romântico. O amor apresentado nesta passagem é um retrato de Jesus. O Espírito Santo quer moldar Jesus em nós. Devemos ser a face de Jesus. O amor, descrito na primeira carta aos Coríntios, deve ser o nosso retrato assim como é o retrato de Jesus. Da mesma forma que podemos trocar a palavra caridade por amor e por Jesus, que é retratado de forma perfeita. Devemos chegar ao ponto de poder trocar a palavra caridade, amor, pelo nosso nome. Se o amor é paciente, precisamos ter paciência com as pessoas. Aceitar o ritmo próprio de cada um. Não podemos exigir que o outro siga o nosso ritmo. Jesus muitas vezes andou no nosso ritmo para não nos deixar para trás.

Quando Jesus morreu na cruz só sobrou amor e foi este amor que nos lavou de todo pecado. De nós precisa sobrar amor, sempre, diante de toda e qualquer situação.

O workshop foi concluído com uma Oração de Cura Interior, ministrada pelo Padre Jefferson Silva, do Estado Piauí, que acalmou interiormente a todos que estavam ali presentes.

 

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